Analisando a situação financeira das Misericórdias, bem como o futuro da ação social, Provedores aprovaram por unanimidade voto de confiança para o Presidente da UMP, Manuel de Lemos, conduzir as negociações do compromisso de cooperação com o Estado.

As Misericórdias Portuguesas mobilizaram-se para alertar para a urgência em negociar o compromisso de cooperação para o biénio 2019 – 2020, uma vez que o atraso está a colocar em causa a sustentabilidade das Misericórdias e a viabilidade financeira da sua atividade junto da população.

Perante o panorama financeiro que as Misericórdias vivem, a problemática da sustentabilidade, não só para continuarem a garantir respostas sociais eficientes à população, mas também para poderem remunerar justamente os seus recursos humanos, considerada por todos o maior ativo das Misericórdias, foi um dos temas centrais da Assembleia-Geral da União das Misericórdias, que reuniu os Provedores das Santas Casas recentemente em Fátima.

Considerando que a comparticipação pública para a maioria das respostas sociais se situa na faixa inferior dos 40% do custo dessa mesma resposta social, os Provedores foram unânimes em considerar que é urgente inverter este desajustamento sob pena de se colocar em causa a viabilidade da ação social.

Nesse sentido, e de forma a poderem garantir uma qualidade na prestação dos serviços, a prestarem salários dignos e manterem a capacidade para inovar, o Presidente da UMP, Manuel de Lemos, recebeu um voto de confiança dos Provedores das Santas Casas para conduzir a negociação do compromisso de cooperação com o Estado com base nesses pressupostos.

Durante o encontro, o Presidente da UMP defendeu a importância de publicar em Diário da República o documento a negociar com o Estado, de forma a ter validade perante terceiros e a obter impacto em outras áreas essenciais.

No decorrer da Assembleia-Geral foi ainda aprovado por unanimidade o relatório de atividades e contas da UMP relativo ao ano de 2018 e apresentado o relatório de execução financeira do trabalho de recuperação e reconstrução das habitações afetadas pelos incêndios que assolaram a região Centro do país em junho de 2017, que será apresentado pelo Secretariado Nacional ao Presidente da República e ao Primeiro-Ministro.

Todos esses documentos estão disponíveis para consulta no site da UMP.