O projeto Cui(DAR), operacionalizado ao longo de 2019 pela Misericórdia de Angra do Heroísmo, já formou mais de 100 pessoas

O projeto Cui(DAR), operacionalizado ao longo de 2019 pela Santa Casa de Angra do Heroísmo, formou cerca de 87 cuidadores formais e 27 dirigentes que pertencem a instituições que trabalham com pessoas idosas nas ilhas do Corvo, Faial, Flores, Pico, Santa Maria e São Jorge.

Em 2017, quando o projeto de formação começou, havia no arquipélago dos Açores, segundo Manuela de Sousa, assessora da mesa administrativa da Misericórdia e coordenadora do projeto, “uma grande lacuna em termos de formação ao nível dos cuidadores formais e dos dirigentes”. Foi nessa altura, continuou, que a Direção Regional da Solidariedade Social dos Açores “percebeu a necessidade de promover ações de formação” no sentido de capacitar estas pessoas.

Nesse ano foram formadas, sob a tutela da Misericórdia, mais de 90 pessoas nas ilhas da Graciosa e Terceira. Em 2018 as ações foram replicadas na ilha de São Miguel (por outra entidade), e em 2019 o projeto regressou para a alçada da Misericórdia e aplicado nas restantes ilhas dos Açores.

“Dar formação às pessoas que trabalham nas respostas sociais dedicadas à pessoa idosa e que nunca tiveram formação, ou que tiveram apenas quando começaram a trabalhar, e responder aos novos desafios que diariamente se colocam às instituições” foram os principais objetivos das ações realizadas ao longo dos três anos de projeto, dois com a Misericórdia como coordenadora. 

Em 2019 foram ministradas sete edições do curso de cuidadores formais e duas do curso para dirigentes. No primeiro caso a formação focou-se nos “cuidados de saúde em geral e na alimentação”, sempre com uma componente prática associada. Já a formação para os dirigentes “abordou questões de gestão interna, regulamentação, definição da missão, dos valores das instituições, entre outros pressupostos que estão a ser exigidos para a qualificação das entidades”.

Segundo Manuela de Sousa os formandos têm-se mostrado “muito satisfeitos” com as formações, no entanto, referem que “sentem necessidade de formação de continuidade, com ações mais curtas e em áreas específicas”.

A assessora da Misericórdia garantiu que para já não está prevista nenhuma formação para o ano de 2020, mas deixou claro que considera “muito importante que o plano de formação não ficasse por aqui”. “Gostava de em 2021 retomar as formações com ações modelares mais curtas e sobre temas específicos” para ir de encontro ao que tem sido solicitado pelos formandos.

Voz das Misericórdias, Sara Pires Alves