A menos de quinze dias das eleições legislativas, a União das Misericórdias Portuguesas (UMP) recebeu na sua sede, em Lisboa, dois partidos políticos com assento parlamentar (Partido Comunista Português e Iniciativa Liberal) para reuniões técnicas onde deu a conhecer a atividade das Misericórdias e o seu contributo nas políticas públicas em Portugal.

Segundo o presidente da UMP, Manuel de Lemos, os encontros permitiram “analisar a importância das Misericórdias e do setor social no desenvolvimento das políticas públicas sociais em Portugal, em áreas como a solidariedade, emprego, saúde, educação e habitação”.

No dia 27 de fevereiro, os dirigentes da UMP estiveram reunidos com uma comitiva do PCP, constituída por Fernanda Mateus, membro da Comissão Política do Comité Central, Adelaide Pereira, membro do Comité Central, e Helena Silva, assessora do Grupo Parlamentar.

Seguiu-se um encontro com uma comitiva da Iniciativa Liberal (IL), no dia 28 de fevereiro, durante o qual Rui Rocha destacou, em declarações à imprensa, o contributo das Misericórdias na resolução de problemas sociais e no acesso a cuidados de saúde em Portugal, aproveitando “a capacidade instalada, a qualidade do serviço e as vantagens do ponto de vista dos custos”. Na área da habitação, defendeu uma “parceria pública-social” para dar casa a quem precisa.

Questionado sobre os baixos salários no setor social, Rui Rocha atribuiu responsabilidades ao Estado, considerando que “se não paga aquilo que é justo e devido, está a asfixiar as entidades do setor social e a impedir que possa praticar salários diferentes”, e defendeu a elaboração de um estudo sobre a relação entre o Estado e setor social, após as eleições de 10 de março.