Organizados em missões, com a duração de 15 dias, os voluntários receberam três sessões de formação online, via zoom, com um enfermeiro e uma psicóloga, também eles voluntários. Nestas sessões, os jovens recebiam indicações concretas sobre as necessidades da instituição de destino e aprendiam procedimentos de segurança a cumprir nas entradas e saídas de turno, como vestir e despir os equipamentos de proteção individual.
Em todo o processo, Marta Eiró, coordenadora de comunicação da COmVIDas, recebeu “feedback muito positivo das instituições, que disseram que a formação e acompanhamento de um coordenador no local, que fazia a ponte connosco, fez toda a diferença. A nossa principal missão foi ajudar a completar as equipas reduzidas devido ao Covid-19”.
Em conversa com o VM, três das Santas Casas beneficiárias, Vila Nova de Foz Côa, Gouveia e Montargil, avaliaram de forma muito positiva os voluntários encaminhados pela plataforma, enaltecendo o foco, a capacidade e o perfil de humanismo, que facilitou a integração e articulação com as equipas e com os idosos.
No pico do surto, em início de abril, Marta Eiró e as colegas aperceberam-se que as instituições estavam demasiado assoberbadas para os procurar e anteciparam-se manifestando a sua disponibilidade em contactos telefónicos. Nessa fase inicial, partiram para Vila Nova de Foz Côa, onde se estrearam no terreno, com a missão 0, seguindo-se mais duas missões de quinze dias no local. “No final da terceira missão o provedor nem queria acreditar que éramos tão recentes. Os jovens foram extraordinários”, reconhece.
Voz das Misericórdias, Ana Cargaleiro de Freitas