No seguimento da greve convocada pela Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS), para os trabalhadores das Misericórdias e a União das Misericórdias, a União das Misericórdias (UMP) gostaria de esclarecer o seguinte:

  • Os trabalhadores das Misericórdias e da UMP são elementos essenciais nos cuidados que são prestados aos utentes. Pelo que a melhoria das suas remunerações, carreiras e condições de trabalho são uma preocupação permanente dos dirigentes daquelas instituições.
  • Há, porém, uma baliza inultrapassável que é a da sustentabilidade, ou seja, a capacidade das Misericórdias e da UMP cumprirem, pontualmente, os seus compromissos, nomeadamente o pagamento dos salários dos seus colaboradores.
  • Acontece que o aumento sistemático dos custos de funcionamento das respostas sociais e o aumento do salário mínimo nacional, consecutivamente nos últimos três anos, sem que o Estado tenha correspondido ao sobrecusto, levou a que um número crescente de Misericórdias que já significam hoje a sua grande maioria, estejam em situação alarmante de tesouraria.
  • O Governo, em julho deste ano, atualizou a comparticipação dos serviços que as Misericórdias prestam aos seus utentes, em média 3,5%, sendo certo que a totalidade desta atualização, até pelo que foi já referido, não pode ser destinada, na totalidade, para aumento de salários. A FNSTFPS, e os sindicatos que a compõem, na última proposta apresentada pretendem aumentos de mais de 6,4%.      
  • Recentemente, a FNSTFPS e os sindicatos que a compõem, prometeram apresentar uma nova proposta que as Misericórdias possam acomodar sem pôr em risco a sua solvência. As Misericórdias e a UMP, que têm estado sempre disponíveis para o diálogo, aguardam, assim, com expectativa, que ela se concretize o mais rapidamente possível.