Em declarações ao VM, o provedor da Misericórdia de Águeda referiu que “habitualmente são atribuídos 500 euros a quatro alunos sinalizados pelas duas escolas secundárias do concelho, mas, este ano apenas uma escola indicou os alunos, tendo a Santa Casa decidido atribuir a mesma verba (mil euros) a cada aluno”.
Estes dois estudantes são oriundos de famílias de escalão 1 e monoparentais, “vivendo com imensas dificuldades”, contou Mota Rodrigues, sublinhando que “tanto um como o outro trabalham para conseguir suportar os custos da universidade”.
O provedor lembra que “estas bolsas têm apenas como finalidade ajudar estudantes provenientes de agregados familiares carenciados, por isso, apesar das dificuldades financeiras da instituição, agravadas pela pandemia, a mesa decidiu manter os mesmos apoios”, reforçou.
Na cerimónia, Mota Rodrigues fez uma alusão aos dois beneméritos aguedenses que dão nome às bolsas, Conde de Sucena e António Breda, personalidades ilustres e exemplares pelos feitos concretizados em vida em favor dos mais necessitados.
O Conde de Sucena está ligado à fundação da Santa Casa, foi provedor e o maior benemérito da instituição. No Brasil fez fortuna através da venda de artigos religiosos, tendo, a expensas próprias construído o hospital de Águeda. António Breda foi médico cirurgião e diretor do hospital de Águeda. Dotado de um grande humanismo, este benemérito acabou por doar a sua residência e os terrenos contíguos à Misericordia de Águeda.
“É importante dar a conhecer aos jovens deste concelho, estes belos exemplos de altruísmo, de solidariedade social e do amor à terra de onde eram naturais”, conclui Mota Rodrigues.
Voz das Misericórdias, Vera Campos