Em declarações ao VM, a diretora da Escola Luís Madureira, Anabela Val, considerou a iniciativa “muito positiva” por proporcionar “momentos de partilha e experiências diferentes” e louvou a recetividade e consciência social dos jovens e famílias que aderiram ao projeto.
Margarida Piedade, professora de tecnologias da informação e comunicação, e Marta Maia, docente de geografia, acompanharam de perto os estudantes no desenho e execução do projeto e atribuem-lhes todo o mérito. “Funcionámos como uma fábrica, em que cada um assumiu o seu papel, e cada aluno escreveu um postal com uma mensagem motivacional para aquecer também os corações, que era o mote da iniciativa”, adiantou Marta Maia.
A acompanhar os cabazes de roupa, máscaras e desinfetantes seguiram mensagens de alento, carinho e esperança, escritas pelos jovens, desejando proteção, conforto e segurança neste momento de incerteza global: “nunca deixes de lutar por aquilo que gostas”, “muita sorte em tudo o que precisar”, “força e coragem para acreditar e fazer acontecer”, “dias melhores vão chegar”, “espero que este kit vos aqueça o coração e que vos faça acreditar que nada é impossível e que um dia irão suportar tudo o que estão a viver”.
Ao VM, Matilde Teixeira, uma das alunas e mentoras do projeto, partilhou a sua principal motivação na concretização desta iniciativa: “propus trabalhar com os sem-abrigo porque nesta altura de inverno são pessoas mais vulneráveis. Daí lembrei-me que se podiam fazer uns kits com mantas, luvas, meias, para lhes aquecer não só o corpo como também o coração”.
Voz das Misericórdias, Ana Cargaleiro de Freitas