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- Ponte da Barca | Assinalar um dos entrudos mais tradicionais do país
Esta ideia surgiu da “necessidade de trazer à memória as tradições que realmente nos constroem e nos definem enquanto comunidade”, começou por explicar Cidália Gonçalves, diretora pedagógica. Inserida no projeto “Raízes da Nossa Terra”, a iniciativa teve como objetivo “alargar o campo de conhecimentos da nossa comunidade educativa” e “realizar a ponte entre o passado e o futuro”.
“Apesar de estarmos condicionados pela ainda existência da pandemia, continuamos nesta difícil tarefa de construir e cultivar valores e tradições nas nossas crianças e respetivas famílias”, explicou Cidália Gonçalves.
Para a recriação do entrudo, o primeiro passo foi “ir à fonte beber a informação” e, nesse sentido, a presidente da Associação Os Amigos de Lindoso foi convidada para uma reunião onde foram expostas as ideias e intenções existentes e, em conjunto, surgiu esta possibilidade. De imediato, surgiu o convite para que o pré-escolar realizasse uma visita cultural à freguesia de Lindoso, onde puderam, “de forma ativa, participar na construção dos adereços característicos do entrudo e, mais do que isso, estabeleceram um contacto muito próximo com as gentes da terra, que partilharam ensinamentos, histórias e vivências desta tradição”, contou Cidália Gonçalves.
A principal ideia com esta iniciativa foi “trazer um bocadinho da aldeia até às crianças, às suas famílias e às gentes da vila (através da realização do corso) que, na grande maioria, desconheciam muitos dos pormenores que fazem deste entrudo um dos mais seculares.”
Nesta iniciativa estiveram envolvidas todas as crianças, desde o berçário, creche e ainda as do pré-escolar que, devido às suas capacidades de autonomia e independência, participaram de forma mais ativa na construção de adereços.
Os pais das crianças do berçário e da creche foram convidados a levar os seus filhos e, em conjunto, participarem também no desfile. Foram ainda convidados os pais que sabiam tocar concertina ou outro instrumento característico do entrudo.
Para Cidália Gonçalves, “ajudar as crianças a conhecer o mundo e a entender que existem formas distintas de pensar, sentir, viver e agir é importante para conhecer a própria história e assumir uma postura respeitosa diante do outro. Isto necessita de ser cultivado desde cedo. Estaremos assim a ajudar construir seres humanos mais empáticos.”, finalizou.
Voz das Misericórdias, Joana Duarte