As crianças e jovens que frequentam o Centro Comunitário da Misericórdia do Seixal usaram da criatividade e fizeram um mural para sensibilizar a população do bairro de Santa Marta do Pinhal, em Corroios, para a importância da utilização de máscara e desinfeção das mãos como medida para travar a propagação da Covid-19.
Foi quando já tudo tinha sido experimentado em termos de sensibilização e informação para a importância de adoção de medidas de prevenção para a Covid-19 e quando “não sabíamos mais o que fazer que surgiu a ideia de criar um mural de sensibilização no bairro”, recorda Sofia Góis, psicopedagoga da Misericórdia do Seixal.
Apesar das sucessivas campanhas de sensibilização, da fixação de cartazes e da entrega de máscaras, feita por duas vezes com o apoio da autarquia local, a equipa do centro comunitário estava a sentir “alguma dificuldade em chegar até às famílias para que elas interiorizassem a gravidade do problema. Continuavam a existir comportamentos de risco e uma certa resistência à adoção das medidas preventivas, principalmente no uso de máscara”, conta o animador sociocultural João Cruz.
Por esse motivo, explica Sofia Góis, decidiram fazer uma nova abordagem e “alertar através das crianças e jovens, porque é mais fácil chegar às famílias através deles”. Assim, reuniram-se as crianças e jovens que frequentam o centro comunitário e, depois de uma abordagem “informativa sobre o novo coronavírus e as novas diretrizes da DGS, fizeram o mural”.
“Usem máscara. Lavem as mãos. Distância social. Protejam-nos”. São esses os pedidos que as crianças e jovens deixaram expressos, em tom de apelo, aos habitantes da comunidade do bairro de Santa Marta do Pinhal, onde vivem.
Colocado em local estratégico, “onde passam muitas pessoas do bairro”, o mural está já a surtir efeito. “Esta mensagem conseguiu impactar de forma positiva a comunidade”, refere João Cruz. Ao que Sofia Góis acrescentou que é sobretudo na utilização de máscara que mais notam que este “pequeno gesto” está a fazer a diferença. “Se antes as famílias vinham aos nossos serviços sem máscara, e muitas vezes tínhamos de os mandar embora, agora chegam devidamente protegidos. É nestas atitudes que vemos que conseguimos fazer a diferença”.
Voz das Misericórdias, Sara Pires Alves