A Misericórdia de Amarante convidou várias instituições do concelho e as Santas Casas do distrito do Porto a participarem na Oficina dos Avós, uma iniciativa para voltar a unir instituições e fomentar a partilha de histórias e o convívio entre utentes. No primeiro desafio desta atividade participaram as Misericórdias de Felgueiras, Freamunde, Lousada, Marco de Canavezes, Paredes, Paços de Ferreira e Penafiel e a Associação Emília Conceição Babo, o Centro Local de Animação e Promoção Rural, de Vila Chã do Marão, a Cercimarante, a Casa Boavista e a Associação Bem-Estar.
“Antes da pandemia tínhamos uma relação muito próxima com as outras instituições e Misericórdias, fazíamos muitas atividades juntos, então decidimos criar a Oficina dos Avós, que vai lançando desafios, como forma de voltarmos outra vez a estar juntos e unidos, mesmo que com muitas limitações”, explicou ao VM Célia Coelho, animadora sociocultural da Misericórdia de Amarante.
O primeiro desafio era alusivo ao Dia do Trabalhador e tinha, segundo a técnica, como objetivo que “os utentes contassem a sua história de vida através da sua profissão ou de alguém próximo”.
Assim, foram chegando à Santa Casa de Amarante trabalhos manuais representativos de diversas profissões como as curandeiras do chá, o guarda fio, as tecedeiras e muitas ligadas à agricultura. “Profissões antigas, algumas já não existem”, conta Célia Coelho. No total foram apresentados 16 trabalhos, quatro da Misericórdia anfitriã, que depois foram compilados em vídeo e publicados no youtube “para que todos os participantes pudessem ver os trabalhos uns dos outros”.
Com esta iniciativa, para além de voltar a unir as instituições, a Misericórdia de Amarante quer fomentar o convívio entre os utentes. “Este tipo de atividades ajuda a colmatar o isolamento, pois mesmo à distância, os nossos utentes adoraram ver os trabalhos dos colegas e foram sempre comentando e relembrando outros tempos”.
Como este primeiro desafio foi um “sucesso”, estamos já a pensar no desafio que vamos lançar para ser desenvolvido em agosto ou setembro”, concluiu Célia Coelho.
Voz das Misericórdias, Sara Pires Alves