O presidente da Câmara do Peso da Régua recordou que a pandemia por Covid-19 foi essencial para a reflexão sobre o tema e que a administração central provou não dar resposta ao solicitado pelas autarquias do interior do país.
“A visão centralista do governo não facilita a questão do envelhecimento. A prioridade é saber se conseguimos dar resposta aos problemas e não dar prioridade às questões financeiras. A UMP tem sido fundamental para essa questão”, confessou José Gonçalves.
De seguida, a palavra passou para Nuno Vaz, presidente da Câmara Municipal de Chaves, que trouxe indicadores populacionais da cidade flaviense, que são comuns a todos os territórios do interior.
“Conhecemos os indicadores demográficos do país e na nossa região e sabemos que são avassaladores. Se sabemos que o envelhecimento é constante temos que arranjar soluções. Mas, antes de falarmos da resposta temos que olhar para a prevenção”, adiantou.
Nuno Vaz, relembrou o papel das comunidades intermunicipais, como uma chave fundamental para a reflexão sobre o envelhecimento. Para o autarca, se o objetivo é lutar contra o despovoamento, é necessário criar condições para que os idosos sejam “mais autónomos e menos institucionalizados”.
“Mais do que planear é preciso cooperar de forma solidária e articulada, sem querermos saber quem manda. Este documento é uma resposta para o futuro dos idosos”, terminou Nuno Vaz.
Por fim, o moderador do painel, Francisco Araújo, presidente do Conselho Nacional da UMP, sublinhou que as políticas territoriais a nível municipal têm uma importância acrescida e terão uma incidência muito grande naquilo que é a capacidade das instituições de intervirem na área do envelhecimento. “A UMP é um verdadeiro parceiro dos autarcas na resolução dos problemas”, terminou Francisco Araújo.
Voz das Misericórdias, Daniela Parente