O médico e coordenador do grupo de estudos sobre demência da UMP considera a nomeação uma “honra e reconhecimento interpares do trabalho desenvolvido nesta área, nos últimos anos” e assume como prioridades a capacitação dos médicos de família para o diagnóstico nos centros de saúde, maior acesso e interligação com a especialidade de neurologia e o reforço da intervenção com as famílias.
“O que pretendemos agora é tornar mais fácil a identificação e diagnóstico pelos médicos de família e, para tal, apostar em formação e dar instrumentos a estes profissionais; em segundo lugar, facilitar o contacto com a neurologia, através da teleconsulta, se necessário, para permitir que a pessoa seja seguida e medicada por um neurologista; por último, passar a ter nos centros de saúde equipas para apoiar as famílias, que têm muita necessidade de apoio e planeamento porque isto impacta muito a casa e o dia a dia das pessoas”, adiantou ao VM.
Hoje, considera que a população já está mais sensibilizada e atenta a esta problemática e que o foco deve estar em “intervenções rápidas e fáceis, que tenham impacto na vida das pessoas porque esta é uma doença que impacta não apenas o doente, mas também as famílias”.
Reagindo a esta nomeação, a Alzheimer Portugal emitiu um comunicado onde congratulou e desejou os maiores sucessos a “Manuel Caldas de Almeida, individualidade bem conhecedora dos desafios do envelhecimento e das demências, que integrou o grupo de trabalho para a elaboração do Plano Nacional para as Demências e já era membro desta coordenação”.
Manuel Caldas de Almeida sucede a António Leuschner no cargo, psiquiatra que integra a comissão científica da Alzheimer Portugal.
Voz das Misericórdias, Ana Cargaleiro de Freitas