A Santa Casa da Misericórdia da Covilhã reuniu um conjunto de personalidades num debate em torno dos desafios nas organizações da economia social.

O presidente da União das Misericórdias Portuguesas (UMP), Manuel de Lemos, foi um dos intervenientes desta conferência que contou com outros nomes conhecidos do setor social e solidário: Lino Maia, da CNIS, Eduardo Graça, da CASES, Carlos Andrade, do Centro Português de Fundações, Maria Joaquina Madeira, do Núcleo de Lisboa da EAPN, Jardim Moreira, da Rede Europeia Anti-Pobreza, António de Melo Bernardo, do Centro Distrital de Segurança Social de Castelo Branco.

Para Manuel de Lemos, que iniciou a sua intervenção destacando a qualidade e o interesse do painel de oradores, o desafio mais urgente é o envelhecimento da população. Analisando a evolução demográfica do país em geral e do distrito de Castelo Branco em particular, o presidente da União lembrou que atualmente a OCDE e a conta satélite do INE sobre economia social consideram os lares de idosos como uma estrutura de saúde, “uma antecâmara dos cuidados continuados”.

Por isso, continuou, um novo modelo de apoio domiciliário é o caminho a seguir para dar aos idosos a possibilidade de um envelhecimento ativo “na justa medida das suas necessidades, que já não são ou não são só as necessidades básicas de alimentação e higiene”. A saúde, por exemplo, será certamente um eixo estratégico deste novo paradigma já que, em média, um sénior tem pelo menos duas doenças crónicas, disse o presidente da UMP.

Importa, portanto, “aceitar que estamos perante um problema estrutural da nossa sociedade e não conjuntural”. Será igualmente determinante, referiu Manuel de Lemos, trabalhar em parceria, sobretudo entre entidades de economia social e com as universidades, experimentar modelos inovadores com recurso às tecnologias, sem nunca perder de vista as características inerentes a cada uma das regiões do território nacional.

A conferência teve lugar a 19 de setembro e, no mesmo dia, foram admitidos novos irmãos na irmandade.