Ao todo, foram 12 instituições da Rede Social de Esposende que, durante 14 meses de cocriação com idosos, conceberam uma encenação teatral onde foram trocadas histórias, partilhadas memórias e revisitadas vivências, numa lógica de melhorar a autoestima dos mais velhos, promovendo uma reflexão de como “a vida enterra a morte” e “como resistimos à passagem do tempo com suspiros por tudo aquilo que ainda desejamos viver”.
Do Lar S. João de Deus, da Misericórdia de Fão, Augusta Viana, de 75 anos, foi uma das pessoas a subir ao palco. Em declarações ao VM, revelou ter ficado “muito satisfeita e orgulhosa”. “Uma moça deu-me uma rosa. A minha filha até chorou. Tenho acordado sempre com as músicas na minha cabeça. Gostava de participar outra vez.”
Lucinda Pereira e Luz Morêncio, ambas com 90 anos, também gostaram da experiência. “Foi tudo muito bonito. Eu até chorei. A presença da família a assistir significou muito para mim, desde as minhas netas, filhos e nora. Senti-me muito orgulhosa de mim porque eles gostaram”, disse Luz. À semelhança da colega de palco e de lar, Lucinda também destacou a presença familiar: “A minha filha e neta foram ver e gostaram muito. Estava muita mais gente e todos gostaram. Eu me senti feliz.”
Marta Arantes, diretora técnica da ERPI, confirma como foi importante esta atividade para os idosos que aceitaram participar. Elogiando o projeto, destaca que estas iniciativas colaboram para o bem-estar e autoestima e, consequentemente, para a melhoria na saúde física e mental dos seniores.
Voz das Misericórdias, Alexandre Rocha