“Quero ver e ouvir experiências para que o filme seja verosímil e útil, pretendo chamar a atenção para a realidade do envelhecimento da população”, disse o cineasta durante a visita e reunião de trabalho, que teve recentemente com uma equipa multidisciplinar do Lar Nossa Senhora de Fátima e unidade de cuidados continuados do Fundão, ambas respostas sociais da Misericórdia do Fundão.
O objetivo da visita é averiguar de que modo o “referencial de trabalho desenvolvido na Misericórdia do Fundão pode acrescentar valor e veracidade à ficção”, refere uma nota da Misericórdia fundanense. Além da Santa Casa do Fundão, o cineasta visitou também lares nos distritos de Águeda, Aguiar da Beira, Coimbra e Ílhavo.
Segundo a mesma nota informativa, o realizador considera que a realização deste filme é “um alerta contra as más práticas de apoio a pessoas idosas e dependentes e uma exaltação aos bons exemplos que felizmente também existem em Portugal”.
O facto da Misericórdia do Fundão ser referenciada como um exemplo a ter em conta “orgulha-nos e enche-nos de coragem e responsabilidade na estratégia de apetrechar as nossas valências com os melhores recursos técnicos e humanos para que sejamos cada vez mais capazes de estar à altura das exigências humanas e sociais das populações que servimos”, afirmou o provedor da Misericórdia do Fundão, Jorge Gaspar.
A trama do novo filme de António Pedro Vasconcelos, o segundo que aborda a temática do envelhecimento, o primeiro foi “Os Gatos não Têm Vertigens”, ainda não tem data de estreia prevista, mas, ao que o VM conseguiu apurar, vai passar-se dentro de um lar de idosos e a rodagem do filme terá início ainda este ano.
Voz das Misericórdias, Sara Pires Alves