A Santa Casa da Misericórdia de Montemor-o-Novo criou o projeto “Encurtar Distâncias”, que tem como objetivo uma aproximação aos idosos que se encontram em isolamento geográfico, para que este não seja sentido de forma tão acentuada. Surge assim como um apoio personalizado a idosos e famílias que por diversos motivos não possam assegurar a satisfação das suas necessidades.

Esta aproximação à pessoa idosa é feita através de uma prestação de serviços especializados e individualizados, por uma equipa multidisciplinar, no domicílio dos utentes, estabelecendo uma relação segura e mais próxima. Segundo a provedora da instituição, a grande mais valia deste projeto é a “minimização dos efeitos nefastos do isolamento social na condição biopsicossocial de cada pessoa idosa, contribuindo para melhorar a sua qualidade de vida e bem-estar”.

O “Encurtar Distâncias” vem reforçar os serviços de apoio domiciliário da Misericórdia de Montemor-o-Novo, alargando-os a um maior número de beneficiários. O projeto traduz-se em intervenções especializadas centradas numa lógica holística que, como refere Paula Rosado, são essenciais para o desenvolvimento e manutenção da autonomia e independência da pessoa idosa, especialmente no contexto pandémico atual.

Com este projeto o objetivo é complementar os serviços já existentes de prestação de cuidados pessoais, alimentação, higiene do domicílio e tratamento de roupa, através de atividades nas áreas de fisioterapia, enfermagem, animação e apoio psicossocial.

Atualmente a instituição está a apoiar 33 pessoas idosas no âmbito do “Encurtar Distâncias”. No entanto, como explica a provedora, a curto prazo pretende-se chegar às 60 pessoas, “correspondendo assim ao diagnóstico inicial e meta do projeto”.

O “Encurtar Distâncias” tem apoio financeiro por parte da Fundação La Caixa Seniores, no montante de 21.690 euros, essencial para a sua execução, conforme referiu a provedora. Paula Rosado afirmou que sem este apoio “a Santa Casa da Misericórdia de Montemor-o-Novo, não teria capacidade financeira para o financiar, devido ao acréscimo de despesas, originado pela pandemia Covid-19”.

Voz das Misericórdias, Joana Mouquinho Penderlico