Prestes a assinalar 65 anos e em pleno período de confinamento, o jornal ‘O Almeirinense’ inaugurou um estúdio de televisão

Prestes a assinalar 65 anos de publicação ininterrupta, ‘O Almeirinense’, jornal da Misericórdia de Almeirim, tem procurado inovar e assume-se, cada vez mais, como a principal voz e rosto das gentes de Almeirim, desempenhando um papel “unificador do território”.

Numa altura em que o sector da imprensa regional está a ser fortemente atingido pelas ondas de choque da pandemia - cerca de trinta publicações deixaram de imprimir e mais de metade corre o risco de fechar - ‘O Almeirinense’ continua a fazer caminho em contraciclo, rejeitando a hegemonia dos grandes grupos de media.

Com um projeto editorial sólido e “cada vez mais próximo dos cidadãos”, o jornal tem vindo a apostar forte nos projetos digitais e, nesse sentido, a Almeirinense TV surge “quase de forma natural”, como referiu Pedro Sousa e Silva, administrador da publicação.

“Talvez no período de confinamento, a Almeirinense TV tenha ganho mais exposição mediática no concelho, mas já antes eram feitos programa semanais ou quinzenais”, acrescentou.

E foi precisamente em pleno período de quarentena que foi reforçada a aposta na Almeirinense TV e inaugurado o estúdio da TV online - que será provisório - mas servirá para realizar programas gravados e diretos. Para 2020, refere Pedro Sousa e Silva, “se não existirem contratempos”, é possível que o espaço definitivo seja uma realidade.

Questionado sobre o impacto que esta presença forte na rede tem tido, na região e junto dos leitores, Pedro Sousa e Silva é perentório: “tem tido um forte impacto. Só no período do estado de emergência, os conteúdos na Almeirinense TV tiveram mais meio milhão de visualizações. Estes números são incríveis e dão-nos maior responsabilidade para o futuro. Vamos continuar a inovar, isso podemos garantir”.

O Almeirinense arroga-se, assim, como um jornal de informação próxima que dá ênfase às coletividades, grupos desportivos e forças vivas do concelho, e que mantém uma “equidistância rigorosa” em termos políticos.

“Eu arrisco-me a dizer que ‘O Almeirinense’ foi a principal companhia em tempos de pandemia. Notícias, programas direcionados sobre desporto para crianças e mais velhos, concertos, conteúdos para informar e entreter os almeirinenses num período sem precedentes”, afirma Pedro Sousa e Silva, concluindo: “houve algo também muito importante que foi a ajuda a empresas e empresários, com oferta de publicidade e divulgações”.

Voz das Misericórdias, Filipe Mendes