Intitulada ‘Ilusões’, a mostra esteve patente na biblioteca municipal da localidade alentejana, reunindo uma série de pinturas da autoria deste antigo eletricista e desenhador, que nasceu e viveu sempre em Lisboa, onde trabalhou para algumas das principais empresas do país.
“Fiquei muito contente por poder fazer esta exposição e mostrar os meus quadros”, conta Joaquim Lopes ao VM, garantindo que pinta “todos os dias”. “Assim passa-se mais depressa o tempo, as horas passam e a gente não dá por isso”, frisa.
Joaquim Lopes já tinha tido a oportunidade de ver um trabalho seu numa exposição. Tinha na altura 12 anos e conseguiu-o através de um desenho que fez da ponte que estava então a ser construída na Avenida Paiva Couceiro, em Lisboa.
Foi preciso esperar mais 68 anos e ultrapassar um acidente vascular cerebral, sofrido há cerca de oito anos e que lhe deixou fortes limitações em todo o lado esquerdo do corpo, para, finalmente, ter a sua própria exposição.
Segundo o autor, os quadros apresentados em ‘Ilusões’ acabam por “tocar diversos temas”, sendo uma espécie “de alerta” para os efeitos das alterações climáticas em todo o mundo e para a incapacidade manifestada pela humanidade em dar resposta a esta problemática.
Além de pintar, Joaquim Lopes preserva igualmente o gosto de escrever prosa e poesia. “Tenho sete livros em verso e mais dois em prosa. Gosto muito e quero continuar a escrever”, conclui.
Voz das Misericórdias, Carlos Pinto