Arrancou em julho, e pela primeira vez no concelho de Nisa, o Programa de Contratos Locais de Desenvolvimento (CLDS-4G), financiado no âmbito do Programa Operacional Inclusão Social e Emprego (POISE). A iniciativa vai decorrer nos próximos três anos e será coordenada pela Misericórdia de Amieira do Tejo.
Escolhida pela Câmara Municipal de Nisa para ser responsável pela coordenação deste projeto, que é uma estreia neste território concelhio, a instituição aceitou o desafio que lhe foi proposto, consciente da responsabilidade que representa, bem como do esforço acrescido que será necessário dedicar a esta nova valência, que vai um pouco além do que é o know how da instituição em termos de ação social.
O projeto “éNisa éCoesão” estende-se a todo o concelho em ações concretas como o emprego, formação e qualificação, a intervenção familiar e parental, preventiva da pobreza infantil e ainda a promoção do envelhecimento ativo e apoio à população idosa. O propósito da iniciativa é aumentar os níveis de coesão social, intervir junto de grupos populacionais mais vulneráveis e fortalecer a ligação entre as intervenções a desenvolver e os diferentes instrumentos de planeamento existentes de dimensão municipal.
Além da vertente social, é ainda de realçar a componente empregadora deste projeto, que criou uma oportunidade de trabalho a quatro jovens do concelho de Nisa, técnicos superiores nas áreas de Serviço Social e Contabilidade.
David Esteves, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Amieira do Tejo, refere que “quando estamos diante de um desafio agarramo-lo”, justificando que é desta forma que a instituição abraçou este projeto. “Apesar de não termos experiência, porque é a primeira vez que abraçamos uma valência desta natureza, acreditamos que teremos capacidade de o implementar e que será importante para a nossa população”, realça.
“O sucesso desta iniciativa será também o sucesso do concelho”, constata o provedor, sublinhando a relevância do projeto junto dos grupos sociais “que mais nos preocupam ao nível de um concelho do interior, que sofre com a desertificação, com uma taxa de desemprego que tende agora a aumentar devido à pandemia, sendo também um concelho muito envelhecido”. Por isso, David Esteves defende que “projetos desta natureza fazem todo o sentido, sobretudo porque permitem uma presença mais forte das instituições no território e mais assertividade na intervenção social”.
Voz das Misericórdias, Patrícia Leitão