As obras de requalificação no lar residencial para pessoas com deficiência rondaram cerca de um milhão de euros, tendo sido financiadas pelo Programa Regional Norte 2020, pela autarquia, bem como uma doação de Herculano Tarroso Gomes, que foi representado por um familiar na cerimónia de inauguração.
O provedor da Misericórdia de Arcos de Valdevez, Francisco Araújo, contou que “com estas obras de requalificação, o lar residencial alarga a capacidade de 15 para 30 lugares, sendo que neste momento já existem mais de 20 famílias em lista de espera para os 15 novos lugares disponíveis”.
Para a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, “este é um projeto extraordinário que demonstra bem que todos temos que ter uma resposta personalizada da sociedade em função das nossas necessidades. Este projeto é um exemplo de capacidade de integração, porque tem a dimensão não só de garantir que estas pessoas têm uma porta aberta onde podem viver, mas também a integração com um permanente investimento na sua manutenção da vida ativa e em sociedade”.
Por sua vez, o presidente da UMP ressalvou que “esta obra é a prova que a pandemia não nos fez parar”, acrescentando que estes progressos servem para “construir um Portugal mais coeso, mais digno e melhor”. Manuel de Lemos lembrou ainda que estas evoluções só são possíveis com uma cooperação calma e serena com o governo”, com vista a alcançar “o melhor para este setor e para a sociedade”.
A Câmara Municipal apoiou a obra com cerca de 360 mil euros, tendo o seu presidente, João Esteves, felicitado a Misericórdia pela obra de alargamento, destacando ainda a importância deste equipamento para o território, o qual contribui para “aumentar a disponibilidade de cuidados para as pessoas portadoras de deficiência do concelho e melhorar a qualidade de vida das pessoas e das suas famílias”.
Horas mais tarde, na igreja da Misericórdia, teve lugar a cerimónia de encerramento das comemorações dos 425 anos da instituição. A sessão, que contou com a participação do bispo de Viana do Castelo, D. João Lavrador, arrancou com a apresentação do primeiro volume da obra dedicada à história da Santa Casa, neste caso, entre os séculos XVI e XVII.
Seguiu-se a apresentação da medalha comemorativa dos 425 anos da Misericórdia e o descerramento de uma placa de reconhecimento a todos os funcionários da instituição pela sua dedicação, empenho e diligência colocados ao serviço dos utentes e da comunidade arcuense. Foram ainda entregues as medalhas a personalidades e instituições, entre elas a Santa Casa de Vila Verde, representada pelo seu provedor, Bento Morais, pela cooperação do seu hospital com os irmãos de Arcos de Valdevez.
Voz das Misericórdias, Joana Duarte