Em declarações ao VM, Joana Morais explicou que “é uma linha para a qual os idosos, que muitas vezes têm dificuldade em conviver com a solidão, ligam para conversar” porque “precisam que alguém os oiça e consiga perceber as preocupações que têm”.
“Muitos dos idosos do nosso concelho vivem isolados, muitas vezes sem qualquer apoio social ou familiar, e quando nos contactam através da Linha Amiga, sentimos que a carência maior é a escuta, a necessidade que sentem de conversar, de se sentirem acompanhados. Muitos deles, em solidão total, sentem-se ansiosos e depressivos e daí esta linha ser tão importante porque conseguimos colmatar este sentimento de abandono. Eles sentem-se acompanhados e isso faz toda a diferença”, afirmou a coordenadora.
Através da Linha Amiga, “os idosos podem falar connosco, psicólogos, e conseguimos garantir uma resposta profissional. Muitos deles, quando fazemos as visitas domiciliárias não conseguem verbalizar, não são capazes de exprimir os seus sentimentos, no entanto pelo telefone já conseguem e, desta forma, conseguimos assegurar a privacidade e confidencialidade dos atendimentos que, para muitos, é um fator fundamental”, referiu Joana Morais.
Esta linha está disponível desde setembro e embora seja um projeto recente tem tido os seus frutos. “Diariamente temos telefonemas de pessoas que ligam para desabafar, para falar do seu dia-a-dia, para verbalizar preocupações e sentimentos. Os nossos idosos vivem muito isolados e têm visto nesta linha uma forma de escape”.
A coordenadora do projeto explicou que esta linha está disponível não só para idosos, mas também “para todos aqueles que precisem de apoio e companhia. Desde que a linha está aberta temos tido o contacto de idosos as também de pessoas na faixa dos 50 e poucos anos que telefonam-nos porque precisam sentir-se ouvidas e compreendidas”.
A Linha Amiga está disponível de segunda à sexta-feira em dois horários, das 9:00 às 13:00 e das 14:00 às 17:00 através do número 963 607 564.
Voz das Misericórdias, Vanessa Reitor