A Misericórdia de Arganil apresentou publicamente os resultados do Serviço de Atendimento e Acompanhamento de Arganil – RLIS (Rede Local de Intervenção Social), um serviço pioneiro que integrou o leque dos 17 projetos-piloto a nível nacional criado em 2014. Foi no dia 20 de março.
O provedor da Misericórdia, José Dias Coimbra, destacou que o projeto RLIS permitiu às populações abrangidas “melhor esperança” e “a quem precisa de auxílio ter essa prestação de serviços na sua própria localidade”. “Pensámos sempre, e continuamos a pensar, que só em conjunto, com quem está no terreno, é que é possível fazer algo por aqueles que precisam e que recorrem ao serviço público”, sublinhou.
A sessão contou também com a participação de Luís Paulo Costa, presidente da Câmara Municipal, e por António Sérgio, do Secretariado Regional da União das Misericórdias Portuguesas em Coimbra, que salientou a importância do trabalho desenvolvido no terreno com os novos parceiros. “Duvido que o Estado, se estivesse só aqui pela sua ‘máquina pesada’, o conseguisse fazer. Poderia consegui-lo, mas demoraria muito mais tem e seria muito menos efetivo”.
António Sérgio vincou que está na ordem do dia a descentralização. “Deve ser às instituições que deve ser dada a primazia e o lugar dessa capacidade de interagir no terreno. Não devemos confundir descentralização com municipalização”, disse o responsável, acrescentando que “na economia social a primazia deve ser dada às instituições porque são elas que estão no terreno, são elas que têm esta proximidade”.
A encerrar, o presidente da Câmara Municipal de Arganil afirmou que “o papel que estas instituições têm no território é essencial para evitar este tipo de situações. Volto a dizer, se não correu pior deve-se à ação direta que esta rede, este ‘exército’ organizado da área social manteve no território. Faço votos que este trabalho possa perdurar, possa continuar e o que de positivo foi feito possa manter-se e possa continuar a assegurar-se esta resposta direta, próxima do cidadão. Esse trabalho, desenvolvido de uma forma articulada é possível”, concluiu.
Voz das Misericórdias, Paulo Mattos Afonso