Há seis anos, quando surgiu a ideia de centralizar as refeições num só equipamento, o objetivo era concentrar os recursos, melhorar a alimentação e angariar fundos para investir na parte social. Passados dois anos, o serviço foi estendido para o exterior. Há um ano, mais um passo foi dado com a abertura à comunidade.

Falamos do serviço de catering da Misericórdia de Baião, que é hoje comentado e divulgado pela excelência dos seus menus. “Depois de implementarmos a ideia internamente, concluímos que poderíamos estendê-la para fora. Foi aí que iniciámos a colaboração com várias escolas, nomeadamente em eventos desportivos”, conta José Carvalho, provedor.

A experiência foi tão bem-sucedida que, gradualmente, o serviço de catering foi alargado a eventos mais elaborados. “Fomos convidados a servir um congresso do ACES/Tâmega com dois almoços e dois jantares. O reconhecimento e elogios têm sido tantos que, hoje, cá estamos, sempre prontos a servir quem nos solicita”, sublinha o responsável.

À Misericórdia já chegaram convites para assumir diariamente o serviço de refeições escolares, mas José Carvalho explica que “os preços praticados são tão baixos que não estavam reunidas as condições para manter o patamar de excelência, preferindo, por isso e para já, concentrarmo-nos neste nicho de mercado”, revela. 

A centralização dos serviços não provocou nenhum despedimento, apenas um ajuste da equipa e uma organização diferente. “A coordenadora de todo este processo é a nutricionista da instituição, que elabora as ementas sempre com a preocupação nutricional”, assegura o provedor.

Para a comunidade a escolha dos menus tanto pode partir dos clientes, como da própria nutricionista. “Se pudermos contribuir para que a alimentação seja saudável, melhor”, reforça José Carvalho.

As receitas obtidas através deste serviço são canalizadas para apoiar a vertente social da Misericórdia. O provedor não coloca de lado a possibilidade de aceitar outros serviços de catering, desde que os preços permitam salvaguardar a qualidade dos serviços. 

Voz das Misericórdias, Paulo Sérgio Gonçalves