A Misericórdia de Borba promoveu um aumento salarial extraordinário aos seus trabalhadores, durante o mês de maio, com o objetivo de motivar as equipas e garantir a qualidade do serviço prestado aos utentes. Com esta atualização salarial, a Santa Casa “fixa o seu salário mínimo em 885 euros, portanto 15 euros acima do salário mínimo nacional”, lê-se em comunicado.

Segundo a Mesa Administrativa, esta medida surge do reconhecimento da “importância de ter os seus colaboradores motivados e empenhados pois só assim é possível garantir a qualidade e excelência do serviço prestado junto de todos os seus utentes”. Atenta às “dificuldades atuais da gestão de recursos humanos”, a Misericórdia de Borba implementa ainda, de forma regular, “vários prémios, ajudas e incentivos”, assim como os “habituais aumentos no início do ano”.

Em conversa com o VM, o provedor Rui Bacalhau referiu que a medida se insere numa política de valorização e retenção de recursos humanos, com vista a fixar as pessoas e diminuir a rotatividade dos trabalhadores nos equipamentos.

Neste momento, a percentagem de rotatividade anual é inferior a 10%, cerca de 10 em 172 trabalhadores, que se concentra, sobretudo, na estrutura residencial para pessoas idosas, devido aos horários e maior sobrecarga física e psicológica associada às funções.

A par desta estratégia de valorização dos recursos humanos, a instituição aposta regularmente em iniciativas que envolvem os utentes, trabalhadores, familiares e comunidade, numa dinâmica intergeracional, que faz parte da identidade da “Aldeia Social da Santa Casa”.

Neste complexo social, onde estão sedeadas todas as respostas sociais, foi dinamizado recentemente, a propósito do Dia da Família, um verdadeiro encontro de gerações ao ar livre. Nesta data, 15 de maio, utentes de lar, centro de dia, oficina do idoso, crianças do pré-escolar e alunos do primeiro ciclo brincaram com pistolas de água e com karts de pedais, mostrando que a diversão não tem limite de idade.

Voz das Misericórdias, Ana Cargaleiro de Freitas