Com uma vida dedicada a causas sociais, Bernardo Reis é também um homem com fortes ligações à investigação histórica e à cultura. Ao longo dos últimos anos têm trabalhado para promover a história e a cultura da Misericórdia de Braga e, consequentemente, daquela cidade minhota através do Palácio do Raio.
Em conversa com o VM, o provedor da Misericórdia de Braga contou que foi com “surpresa” que recebeu o telefonema, em finais de julho passado, que o avisou da nomeação. “Devem ter sido pessoas amigas [que fazem parte dos académicos de número da APH] que me conhecem e que conhecem o meu trabalho que sugeriram a nomeação”, rematou.
Para o Bernardo Reis esta nomeação acaba por ser um “reconhecimento de todo o trabalho que fiz com o Dr. Mariano Cabaço, com o apoio Dr. Manuel de Lemos, no Gabinete do Património Cultural da União das Misericórdias Portuguesas”, onde ajudou a organizar diversos eventos com o objetivo de salvaguardar e promover o património histórico e cultural das Misericórdias portuguesas.
O provedor acredita que esta nomeação surgiu pela sua “dedicação à cultura e à história” e é com “muita satisfação e honra que recebe esta distinção”. “Trabalhei com muitas Misericórdias, ajudei-as a preservar o seu património histórico e cultural, a restaurar as suas igrejas e mesmo a que não destruíssem parte do seu património, como aconteceu, por exemplo, com a Misericórdia de Torre de Moncorvo que tinha bandeiras do fim do século XVI, inícios do século XVII e não sabiam, iam destrui-las, mas com a minha ajuda foram recuperadas e estão agora na igreja da Misericórdia”, relembra.
A Academia Portuguesa de História é herdeira da Academia Real da História Portuguesa, fundada em 1720 por João V. Atualmente é presidida pela historiadora Manuela Mendonça e conta com mais de 450 académicos.