Na cerimónia de inauguração, estiveram presentes o arcebispo de Braga, D. José Cordeiro, o diretor do Centro Distrital de Braga do Instituto de Segurança Social, João Ferreira, a chefe de Gabinete do Município de Braga, Ana Ferreira, além do presidente do Secretariado Nacional da União das Misericórdias Portuguesas (UMP), Manuel de Lemos.
Bernardo Reis, provedor da Misericórdia de Braga, enfatizou que o memorial é uma forma de honrar, através da arte, todos aqueles que perderam as suas vidas e de reconhecer o trabalho árduo e dedicado dos profissionais de saúde e voluntários, especialmente os ligados à Santa Casa da Misericórdia de Braga.
A escultura é uma representação vertical de duas mãos entrelaçadas, que, na descrição do seu autor, “nascem de uma forma ‘quebrada’, simbolizando o enigma maléfico da pandemia, onde uma das mãos tenta resgatar a outra de forma abstrata”.
Helder de Carvalho tem no seu portfólio inúmeros outros importantes trabalhos, como o monumento comemorativo dos 500 anos da Misericórdia de Braga, situado na fachada lateral da igreja da Misericórdia, na parte traseira da Sé de Braga. Inaugurado em 2013, trata-se de uma escultura que “formula os princípios de cultura e solidariedade social, arreigados no espírito cristão e decorrentes do apelo para princípios que melhor dignifiquem a pessoa humana. Daí a importância conferida às mãos na observação da linguagem gestual, que traduzem também um profundo simbolismo nos rituais e procedimentos do culto cristão, mas também nas suas escrituras”, recordou Bernardo Reis.
O provedor quis também lembrar como, em tempos de crise, a Misericórdia de Braga tem vindo inclusivamente a reforçar o seu apoio aos mais carenciados, como por exemplo através do Serviço de Atendimento e Acompanhamento Social (SAAS) ou da cantina social, onde se servem diariamente dezenas de refeições, dentro do Plano de Emergência Alimentar (PEA), a bem da cidade e do concelho.
"A todos os nossos colaboradores, técnicos e funcionários, o meu muito obrigado: sem o vosso empenho e dedicação, não teríamos conseguido ajudar tantas pessoas durante a pandemia", concluiu o provedor, que quis também saudar todas as inúmeras outras instituições que trabalharam em conjunto com a Misericórdia de Braga durante a pandemia, expressando a importância da cooperação e da solidariedade entre as instituições e a comunidade em geral: "A pandemia mostrou que, quando trabalhamos juntos, podemos superar qualquer desafio. Espero que [este memorial] sirva como um lembrete duradouro da importância da união e da solidariedade em tempos de crise".
Voz das Misericórdias, Alexandre Rocha
Fotografia: Avelino Lima/Diário do Minho