O prémio vai ser entregue a partir de 2022 e visa estimular a investigação e aprofundar conhecimento sobre a Misericórdia de Braga

A Misericórdia de Braga vai apoiar a investigação e a cultura ao instituir o Prémio de Investigação Dr. João Eulálio de Almeida. O galardão pretende honrar a memória do antigo provedor da Santa Casa distinguindo o melhor trabalho de investigação original sobre uma temática de teor historiográfico sobre a Misericórdia de Braga nas mais diversas áreas do saber. O prémio foi apresentado publicamente no passado dia 15 de junho no Palácio do Raio e contou com a presença dos filhos e restante família do homenageado e ainda da investigadora da Universidade do Minho, Marta Lobo de Araújo, que irá integrar o júri do prémio.

O prémio, que vai ser entregue bianualmente a partir de 2022, tem um valor pecuniário de 1500 euros e vai galardoar apenas o melhor trabalho apresentado nesse ano, podendo, no entanto, se o júri assim o entender distinguir com menções honrosas os trabalhos que julgar dignos de tal distinção. Além da recompensa pecuniária, e segundo nota da Misericórdia, vai ainda ser garantida “a publicação do trabalho vencedor com uma edição própria de 150 exemplares ou, em alternativa, inserido o mesmo na revista ‘Misericórdia de Braga’”.

Segundo a Misericórdia de Braga, este prémio foi criado com “o intuito de estimular a publicação de estudos sobre a Santa Casa de Braga, instituição pentasecular com uma matriz identitária única, na perspetiva de valorizar um setor de investigação de crescente importância na historiografia nacional e internacional”.

Desta forma, a Santa Casa deixa o repto aos “investigadores portugueses dentro e fora das academias” para que concorram ao prémio e ajudem assim “a estudar e aprofundar conhecimento sobre a Misericórdia de Braga”.

O prémio Dr. João Eulálio de Almeida foi aprovado em reunião da mesa administrativa como forma de manter viva a memória do antigo provedor “que exerceu o seu mandato entre 1976 e 1978, assumindo os destinos da instituição num período particularmente difícil que se seguiu ao 25 de abril, quando o Hospital de S. Marcos foi nacionalizado e a Santa Casa perdeu o seu principal foco de atuação”, refere nota da instituição. O regulamento pode ser consultado no site da Misericórdia de Braga em www.scmbraga.pt.

Recorde-se que recentemente a tese de mestrado “Vestidos de Caridade: Assistência, pobreza e indumentária na Idade Moderna. O caso da Misericórdia de Braga”, de Luís Gonçalves Ferreira, foi distinguida pela Academia Portuguesa da História.

Voz das Misericórdias, Sara Pires Alves