O palco que acolheu a cerimónia no último dia 7 de novembro foi a mais notória sala de espetáculos da cidade, o Teatro Circo de Braga. Nele reuniram-se um extenso rol de personalidades do mundo das Misericórdias, mas também incontáveis membros da esfera da sociedade civil, religiosa, académica, política e militar.
Entre os presentes destacam-se o presidente da Mesa da Assembleia Geral da União das Misericórdias Portuguesas (UMP), José da Silva Peneda, que compareceu em representação do Presidente da República; o presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio; o eurodeputado José Manuel Fernandes; o diretor do Centro Distrital da Segurança Social de Braga, João Ferreira; o presidente da UMP, Manuel de Lemos; o vice-reitor da Universidade do Minho, Eugénio Ferreira, e ainda o arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga, que celebrou previamente uma missa na Igreja de S. Marcos no âmbito desta homenagem.
Mostrando-se tocado pela homenagem, Bernardo Reis declarou que unicamente procurou “sempre ser útil à sociedade, com sentido solidário e colocando em primeiro lugar os objetivos mais adequados às funções” que exerceu. E estas são muitas de facto. Na sua gestão, dinamizou o património material e imaterial da Misericórdia de Braga e também da cidade, com legados como a restauração do antigo Hospital de São Marcos ou o “Palácio do Raio”, que, também recuperado, alberga desde 2015 o Centro Interpretativo das Memórias da Misericórdia de Braga (CIMM). Para além do desenvolvimento das áreas culturais, também construiu através do CIMM “pontes” para o mundo académico, fomentando a produção de investigação científica em trabalhos em parceria com a Universidade do Minho e outras instituições do ensino superior.
O autarca de Braga, Ricardo Rio, justamente salientou a importância do trabalho exercido pela Misericórdia durante a liderança de Bernardo Reis, constituindo-se a instituição como um “motor do desenvolvimento do concelho”, classificando o seu provedor como alguém “capaz de concretizar projetos que marcam a diferença na vida da cidade”. Já Manuel de Lemos destacou os restauros conduzidos em igrejas, do antigo hospital e do museu da Misericórdia, frisando ainda o caráter “raro” e singular de Bernardo Reis. Horácio Azevedo, atual vice-provedor, declarou que este reconhecimento público foi um “ato de justiça”, pois Bernardo Reis será sempre lembrado como “um dos provedores que tem servido a Misericórdia com grande sentido de responsabilidade”.
Na visão do homenageado, todas as distinções que recebe são extensíveis a todos os que colaboram com a Misericórdia e muito em especial à sua família próxima, que sempre o apoiou na sua jornada de grande dedicação ao desafio que abraçou.
Para além da comenda da Ordem de Mérito, Bernardo Reis recebeu ainda uma medalha de ouro ofertada pelos funcionários, o título de “cidadão honorário” da Misericórdia e uma pintura a óleo que o retrata.
Voz das Misericórdias, Alexandre Rocha
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