Segundo explicou Celisa Alves, diretora geral da instituição, a ideia “surgiu integrada no plano de atividades do Centro Infantil”, que previa a realização de “um mercado solidário, onde nada se compra e tudo se dá ou troca”.
A responsável explicou que o objetivo passava por “sensibilizar as crianças e as suas famílias para a importância da ação solidária na comunidade”. Imbuídos do espírito natalício, esta ação conseguiu promover “valores como a partilha e a solidariedade”.
Para Celisa Alves, foi “um momento inesquecível para as crianças e adultos que participaram”, pois num “verdadeiro espírito de solidariedade, fizeram a diferença na vida de muitas pessoas, possibilitando-lhes o acesso a um pequeno carinho neste Natal.”
A adesão foi “muito significativa”, tendo em conta que “foi a primeira vez que uma atividade desta natureza se realizou”. Participaram “algumas dezenas de pessoas, maioritariamente crianças”.
A grande maioria dos participantes tinha “conhecimento dos moldes em que a atividade se realizava” e por isso mesmo “traziam consigo bens para trocar e principalmente para dar”. Além das pessoas já informadas, sobretudo crianças e famílias ligadas ao Centro Infantil, outras pessoas “que passavam no local, visitavam e perguntavam os preços dos produtos” e a resposta era sempre a mesma: “nada se vende, mas tudo se dá ou troca, pode levar o que necessitar”.
Esta foi a primeira edição deste Mercado de Natal, mas Celisa Alves afirmou que “pretende-se que seja um evento a replicar anualmente, na época natalícia, criando a tradição”. A ideia é “criar um momento em que todos possam trocar ou dar aquilo que já não usam ou não precisam, ou simplesmente levar o que necessitam, num verdadeiro espírito de solidariedade”.
Os produtos que os participantes mais levaram foram brinquedos, peças de vestuário e calçado, louças e peças de decoração. Por seu lado, aquilo que as pessoas mais procuraram eram os brinquedos e o vestuário.
A iniciativa contou com a parceria e colaboração do Rotary Clube de Caminha e da Conferência Mista de São Vicente de Paulo. Além destas duas entidades, o Mercado de Natal contou ainda com a adesão da Associação “Caminharte”, que, em paralelo, desenvolveu ateliês infantis de construção e pintura, que animaram o evento.
Voz das Misericórdias, Joana Duarte