Ao Voz das Misericórdias, José Rodrigues disse que a ideia da comercialização dos vinhos surgiu na “sequência da atividade que temos vindo a desenvolver na venda de licores e outros produtos locais”. O objetivo da iniciativa, explicou o provedor, é “gerar mais valias para a Misericórdia, por um lado através da divulgação do nome da instituição, que nos pode vir a trazer mais utentes, e por outro, termos uma fonte de rendimento extra”, sem esquecer que “desta forma conseguimos aproximar a comunidade da nossa causa”.
Ao contrário do que acontece nas Misericórdias de Macedo de Cavaleiros, Valpaços e Fundão, a Santa Casa de Canha não possui uma vinha para colher as uvas e fazer o seu próprio vinho, mas isso não foi um entrave para que a ideia saísse do papel e fosse colocada em prática, como explicou José Rodrigues. “Nós não fabricamos o vinho, não temos uma vinha, mas criámos uma parceria com a Adega de Pegões que nos permite vender vinho com uma marca própria, certificada e registada”.
O protocolo de parceria com a Adega de Pegões pressupõe que a Santa Casa compre garrafas de vinho à adega, sendo que esta apoia a instituição “logisticamente e faz ainda o engarrafamento e a rotulagem com a nossa marca, a nós cabe-nos vender os vinhos”. Os benefícios da venda das garrafas de vinho “revertem na totalidade para a Santa Casa, o que nos permite, em conjunto com os outros produtos já anteriormente comercializados, canalizar essa verba para a manutenção de um ou dois postos de trabalho”, refere o provedor.
No primeiro ano desta parceria a Misericórdia de Canha comprou à Adega de Pegões 1600 garrafas de vinho tinto e 1600 de vinho branco, que são comercializadas em lojas de turismo regionais, restaurantes, zonas comerciais e na página de internet da instituição.
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Voz das Misericórdias, Sara Pires Alves