Situada no coração do centro histórico da vila, a nova “Casa dos Ofícios” será aliada a um conjunto de atividades da Santa Casa da Misericórdia do Crato na dinamização dos recursos humanos já existentes, de forma a potenciar e despertar o interesse na comunidade, dinamizando atividades de costura e workshops, e promovendo, essencialmente, a inclusão de seniores no ativo.
Além disso, a iniciativa também permitirá gerar receita com o intuito de, num futuro próximo, ser uma casa autossustentável, com a ajuda e dinamização de parcerias a estabelecer, aumentando assim o trabalho em equipa e proporcionando desenvolvimento em prol da comunidade.
Para além do espaço da loja, este investimento, no valor de cerca de 125 mil euros, com um apoio FEDER de 106 mil e 19 mil suportados pelo Município do Crato, permitiu ainda a requalificação do primeiro andar do edifício, que ficará disponível para receber pessoas que necessitem, por razões de trabalho ou outras, de se alojar por períodos no Crato ou até mesmo como extensão do espaço da loja.
O provedor Mário Cruz realça a importância do projeto e do apoio que representa para a Misericórdia, incluindo o manter e, possivelmente, reforçar os postos de trabalho afetos a esta estrutura, agradecendo o empenho da Câmara Municipal em reabilitar o edifício.
O presidente da Câmara Municipal, Joaquim Diogo, destaca, em particular, o objetivo deste projeto que se prende com o preservar ofícios que caíram em desuso e que é importante manter ou mesmo recuperar como valor cultural, transmissão de conhecimento. Referindo-se ao assunto do momento que é a polémica em torno do capote alentejano, que as costureiras da instituição também produzem, o autarca recordou o “Encontro dos Capotes Alentejanos” dinamizado pela Misericórdia e que a pandemia veio “suspender” nos últimos anos.
Voz das Misericórdias, Patrícia Leitão