A reflexão e partilha de experiências teve como tema central “Construir melhor: o papel da economia social e solidária numa recuperação centrada no ser humano e sensível ao planeta”, com particular enfoque nos desafios e oportunidades de um mercado de trabalho em rápida mutação num contexto de crises sociais e económicas geradas pela pandemia de Covid-19.
Na sessão inaugural, a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social destacou o papel da economia social na resposta aos desafios ambientais, digitais e sociais que persistem em todo o planeta e na construção de uma nova ordem social. Lembrou ainda os valores que unem as organizações da economia social a nível mundial, como a solidariedade, igualdade, não descriminação, justiça, equidade, transparência e subsidiariedade, e que foram determinantes na resposta às necessidades da sociedade durante a pandemia.
Já o diretor geral da OIT, Guy Ryder, frisou o impacto da pandemia no emprego – com a perda de 250 milhões de postos de trabalho a tempo inteiro – e na qualidade de vida das populações, acentuando as desigualdades sociais. Neste quadro de recuperação económica, em que se procura “reorientar as sociedades para um desenvolvimento mais sustentável e inclusivo”, considera que a economia social pode ter um papel determinante na promoção de um “emprego mais decente”, coesão social e capacitação de grupos vulneráveis.
Num formato totalmente online, a academia foi pensada para ser palco de troca de experiências e partilha de boas práticas desenvolvidas por organizações de vários países, estando ainda vocacionada para o debate sobre temas como o financiamento, medição de impacto social, economia circular, desenvolvimento inclusivo e sustentável, coesão social e migrações, desenvolvimento local e formação, entre outros.
A UMP esteve representada em três sessões, a primeira realizada a 16 de novembro, com o presidente do Secretariado Nacional e as restantes com a participação da responsável do Gabinete de Comunicação e Imagem, como moderadora de uma conversa com quatro organizações portuguesas.
Manuel de Lemos participou no painel “Rumo a uma ESS inclusiva e transformadora de gênero”, com representantes da Animar (Portugal), Organização Mulheres (Cabo Verde) e Women in Informal Employment: Globalizing and Organizing (WIEGO) – África.
Bethania Pagin moderou as visitas guiadas, no dia 17 de novembro, com representantes da Misericórdia de Cascais, que no âmbito desta iniciativa apresentou o seu projeto de inclusão através do rugby (ATL da Galiza), e da APPACDM de Castelo Branco, que deu a conhecer o Museu da Seda aos participantes. Uma semana depois, no dia 24, as visitas voltaram ao programa da Academia com a participação da CooperFrutas e da Animar, que deu a conhecer a sua Academia do Ativismo.
Voz das Misericórdias, Ana Cargaleiro de Freitas