Em Vila Alva, por exemplo, a Misericórdia lançou, no final do mês de março, uma campanha de angariação de EPI e donativos na sua página de Facebook e a comunidade local e vizinha respondeu em massa. Até ao momento foram angariados cerca de quatro mil euros em numerário e dois mil em EPI. Segundo João Maria Santos, provedor da Misericórdia de Vila Alva, esta mobilização da comunidade só é possível “graças à proximidade e apego” que a comunidade sente para com a Misericórdia e à “transparência com que todo o processo é feito”.
Para além disso há já costureiras a fazer máscaras comunitárias para doar à Misericórdia, que por sua vez vai distribuir pela população local. “Se a comunidade estiver protegida nós também estamos, é essa a nossa perspetiva”, referiu João Maria Santos.
A Misericórdia de Vila Alva tem estado ainda a apoiar outras instituições, como a Misericórdia de Ferreira do Alentejo e a Cáritas Diocesana de Beja, com a doação de viseiras e outros EPI. “Trabalhamos na perspetiva de entreajuda, nós fornecemos quem estiver com problemas desde que tenhamos em stock. O que nos interessa não é ter muita quantidade, é dividir, para que quando nós precisemos também nos ajudem”, defendeu o provedor.
Situação semelhante vive-se em Odemira, onde a adesão da população à campanha lançada pela Santa Casa, nas palavras do provedor Francisco Ganhão “não podia ser melhor. Têm-nos doado todo o tipo de equipamentos, bens alimentares e os donativos em numerário têm servido para que consigamos comprar EPI em falta.”
Os dois provedores concordam na hora de dizer que a mobilização da comunidade lhes dá “mais força e vontade para continuarmos a trabalhar”. Referindo ainda que “a proximidade, o apego, a confiança e a transparência em todo o processo de angariação de donativos” são a chave para o sucesso destas iniciativas.
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Voz das Misericórdias, Sara Pires Alves