As Misericórdias da Arquidiocese da Braga homenagearam D. Jorge Ortiga, numa cerimónia realizada a 31 de janeiro no Paço Episcopal de Braga, na presença do presidente da União das Misericórdias Portuguesas (UMP), Manuel de Lemos. Aos 77 anos, D. Jorge Ortiga despediu-se da arquidiocese, depois de mais de duas décadas como arcebispo primaz de Braga e das Espanhas. Na ocasião, as Santas Casas agradeceram o trabalho social e pastoral de D. Jorge Ortiga e reconheceram a postura de diálogo e cooperação com as instituições.

Em declarações ao VM, a presidente do Secretariado Regional (SR) de Braga e provedora da Misericórdia de Esposende enalteceu o “trabalho desenvolvido em articulação com as Misericórdias, numa postura de diálogo e apoio a todas as atividades, assim como a profunda amizade que construiu com as instituições. Nos momentos mais difíceis e decisivos, tivemos sempre um arcebispo muito preocupado e atento aos nossos desenvolvimentos e dificuldades”. Reconhecendo a “dimensão social” deste legado, Emília Vilarinho Zão salientou igualmente o “olhar muito próximo e de atenção aos públicos mais vulneráveis do território”.

No discurso proferido durante a cerimónia, a responsável procurou ainda destacar o papel do arcebispo emérito enquanto “guia espiritual, no cumprimento das 14 obras de misericórdia e atualização da missão aos tempos de hoje”.

A cerimónia organizada pelo SR de Braga, no Paço Episcopal de Braga, decorreu no final da tarde de 31 de janeiro, com a presença da grande maioria das Misericórdias da Arquidiocese de Braga. Neste conjunto, incluem-se as 15 representadas pelo SR de Braga, a que se juntam ainda as Santas Casas de Póvoa de Varzim e Vila do Conde, localizadas no distrito do Porto.

Jorge Ortiga cessou funções como arcebispo primaz de Braga e Das Espanhas no dia 13 de fevereiro. Durante o período em que esteve à frente da Arquidiocese de Braga, foi presidente da Conferência Episcopal Portuguesa. Em 2017, por ocasião das bodas de ouro sacerdotais, o responsável recebeu uma mensagem do Papa Francisco, na qual o pontífice elogiou o “zelo apostólico” e o “exemplo de vida”.

Voz das Misericórdias, Ana Cargaleiro de Freitas