Estruturada em três eixos de intervenção (social, ambiental e urbanístico), a iniciativa visa capacitar e envolver as comunidades locais na valorização do bairro onde residem e contribuir para a sua efetiva integração social, através de ações de apoio ao estudo e desenvolvimento de competências, de valorização da identidade cultural das comunidades locais, enquanto veículo de coesão social, e de requalificação de áreas comuns e espaços verdes.
Segundo a coordenadora do Serviço de Atendimento e Acompanhamento Social (SAAS), que representa a Santa Casa no projeto, a candidatura apresentada resulta da identificação de necessidades junto dos moradores do bairro, na sequência de um trabalho de proximidade desenvolvido pelas equipas da instituição, ao nível do Rendimento Social de Inserção e SAAS.
“Por conhecermos bem a realidade, unimos esforços com outras entidades. Queremos dar novo rosto ao bairro, estreitar os laços entre os moradores, membros da comunidade cigana e não cigana, e promover o sentimento de pertença, tudo isto com a participação dos moradores. O objetivo é serem parte ativa do processo e darem depois continuidade ao projeto”, revelou Sandra Sousa, durante uma visita ao bairro para identificação das necessidades e sensibilização da população.
Entre as ações para valorizar o espaço comum, incluem-se a instalação de ecopontos e compositores, uma ação de socorrismo, promovida pela Cruz Vermelha Portuguesa, e workshops de dança e culinária, orientados por elementos do bairro, com data a definir.
A mais recente ação desenvolvida, no âmbito deste projeto, foi um workshop de confeção de sabonetes naturais (na foto) junto de doze moradoras, que visou incentivar a adoção de práticas sustentáveis e amigas do ambiente.
Voz das Misericórdias, Ana Cargaleiro de Freitas