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- Macedo de Cavaleiros | Mais uma medalha de ouro para vinho ‘Quinta do Lombo’
Desta vez foi o Vinho Tinto Quinta do Lombo Touriga Nacional Grande Escolha Vinho Regional de Trás-os-Montes Tinto 2018 a ser qualificado em prova cega com o galardão Tambuladeira de Ouro, na oitava edição do Concurso de Vinhos do Crédito Agrícola.
“Para nós, este prémio é um grande orgulho porque sabemos que temos bons vinhos que se podem equiparar a qualquer outro de qualidade a nível nacional. Temos recebido várias medalhas de bronze, prata e ouro”, disse Alfredo Castanheira Pinto, provedor da Misericórdia de Macedo de Cavaleiros.
No entanto, este néctar transmontano já tinha sido premiado com uma medalha de prata, num concurso que decorreu no passado mês de maio.
A Misericórdia de Macedo de Cavaleiros, mesmo antes de receber as medalhas, “já sabia da qualidade deste vinho”. “As garrafas já estavam esgotadas porque quem provava achava fenomenal e acabava por comprar quantas garrafas podia”.
“Agora, apesar de tantos prémios, não podemos descansar e já estamos a pensar no futuro. Já estamos a preparar outros vinhos, nas mesmas condições, para mantermos o legado vitivinícola da instituição”, contou o provedor.
No entanto, antes de qualquer prémio ou distinção, é importante relembrar onde nasce a magia do processo desde a videira até à garrafa.
Em 2001, a Misericórdia plantou vinhas novas, nas aldeias de Lombo e Cortiços e instalou a Adega Quinta do Lombo, com a devida certificação da Comissão Vitivinícola Regional de Trás-os-Montes.
Sob a chancela da Misericórdia, produzem-se espumantes, brancos, rosé e tintos, numa área de vinha com mais de cinco hectares, com castas que variam entre Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Amarela, Tinta Roriz, Syrah, Cabernet Sauvignon, Malvasia Fina, Códega do Larinho, Chardonnay, Alvarinho, Moscatel e Uvas de Mesa.
“A produção de vinhos é uma arte grande, mas depende muito da qualidade das uvas, que se altera de ano para ano devido a vários fatores. No entanto, estamos sempre recetivos a produzir mais”, disse o provedor.
Para além dos hectares de vinha, a Misericórdia de Macedo de Cavaleiros é proprietária de uma exploração agrícola com mais 78 hectares, cuja finalidade é a produção para autoconsumo e comercialização.
Além do néctar divino, que vale dezenas de distinções à instituição, a Misericórdia produz, ainda, o conhecido “ouro transmontano”. Proprietária de mais de 4500 oliveiras, produz um azeite de elevada qualidade, que serve para autoconsumo das valências que a instituição detém.
“O azeite que produzimos é utilizado nas nossas instituições, nomeadamente nos nossos lares e centros de dia, para a confeção de alimentos. O excedente acaba por ser comercializado e, tal como o vinho, com reconhecida qualidade”, adiantou Alfredo Castanheira Pinto.
Vinho, azeite, frutos e hortícolas. Tudo se produz na exploração agrícola da Misericórdia de Macedo de Cavaleiros. Nos hectares de vinha, olival e horta, a produção que de lá nasce serve de alimento para todo o ano.
No entanto, não é só de legumes e frutos que se faz esta casa. “Além da parte vegetal, a exploração contempla um rebanho de ovelhas da Raça Churra da Terra Quente, com mais de 100 cabeças adultas, destinado à produção de carne, sendo os cordeiros para autoconsumo”.
“Temos ainda uma pocilga com dezenas de porcos, cuja finalidade é também a produção de carne para a instituição. Somos autossuficientes no que à alimentação diz respeito”, explicou o provedor.
Para que todo este trabalho seja realizado, a Santa Casa da Misericórdia de Macedo de Cavaleiros, emprega 10 funcionários a tempo inteiro, que garantem a execução de todas as atividades agrícolas, desde a plantação à colheita, passando pela aplicação dos diferentes tratamentos fitossanitários, bem como as diferentes operações culturais.
Voz das Misericórdias, Daniela Parente