“Sabemos que nada é tão bom como abraçar e beijar, mas os olhos e o coração também alegram a alma”. Foi com esta premissa que a instituição convidou os familiares dos seus utentes para “namorar” à janela, como antigamente, conseguindo desta forma manter a distância necessária de proteção dos idosos, mas permitindo que vejam e falem com a sua família, com uma proximidade que já é suficiente para que todos se sintam “mais felizes, apaziguados e tranquilos, e, sobretudo, menos ansiosos”, como nos refere a diretora da Misericórdia de Marvão, Filipa Ferreira.
Em declarações ao VM, Filipa Ferreira realça que esta medida foi “extremamente bem acolhida, teve muita adesão”, sobretudo para “recuperarmos a relação de confiança das famílias com a instituição, que se ressentiu um pouco com este confinamento”. Segundo a diretora, “por muita confiança que tenhamos na instituição e que nos digam que está tudo bem, o facto de deixarmos de ver, de ter contacto físico com os nossos familiares deixa-nos a todos mais apreensivos”, reconhece.
A diretora justifica que estas visitas à janela irão continuar porque, apesar de já ser possível a realização de visitas no interior do edifício, as medidas impostas limitam o acesso a uma pessoa e “através das janelas todo o processo é mais simples, bastante seguro e permite, por exemplo, que a visita seja feita por mais familiares ao mesmo tempo”, o que “para os nossos utentes é importante e fá-los muito felizes”, garante.
Voz das Misericórdias, Patrícia Leitão