Para o presidente da UMP, Manuel de Lemos, este gesto de solidariedade, além-fronteiras, é revelador da “enorme solidariedade entre as Misericórdias de todo o mundo”.
O provedor da Misericórdia de Macau, António José de Freitas, teve conhecimento da “situação dramática” que se vivia em Portugal, através do presidente da UMP, Manuel de Lemos, e em pouco tempo disponibilizou-se para atenuar as carências das instituições irmãs. “Sabemos que as Misericórdias em Portugal têm um papel muito importante de solidariedade social e têm muitas estruturas como creches, unidades de cuidados continuados ou lares de idosos”, revelou em março à Tribuna de Macau.
A produção das máscaras foi assegurada por uma fábrica em Anhui, na China Continental, com quem a Santa Casa macaense estabeleceu parceria, e em três semanas o material chegou ao território português para ser distribuído consoante as necessidades. “Sabemos que um milhão é muito, mas que não vai chegar. Chegará para aliviar a pressão, porque é preciso muito mais do que um milhão”, salientou António José de Freitas a esse órgão de comunicação local.
As máscaras começaram a chegar às instituições nas duas últimas semanas e geraram uma onda de gratidão, nas redes sociais, sem precedentes. Entre os agradecimentos dirigidos a empresas e particulares, pela doação de EPI e bens variados, várias Misericórdias publicaram notas destinadas aos “Irmãos da Misericórdia de Macau”, onde reconheceram que “todas as ajudas são bem-vindas para continuar a trabalhar com a máxima segurança” (Alfândega da Fé) e que assim será possível “reforçar a proteção de todos os funcionários ao serviço” (Évora).
Por parte da UMP, o agradecimento traduziu-se em homenagem, tendo o Secretariado Nacional deliberado conceder ao provedor António José de Freitas e à Misericórdia de Macau o diploma de beneméritos das Santas Casas.
Leia também: Solidariedade | Unir esforços para que nada falte às Misericórdias
Voz das Misericórdias, Ana Cargaleiro de Freitas