O coordenador da unidade e técnico da instituição, Luís Rodrigues, explicou que cada doente terá um “plano individual de intervenção”, de acordo com as suas “necessidades”, e será com base nesse plano que atuará uma equipa multidisciplinar, composta por um enfermeiro especialista em saúde mental, um animador, um assistente social e uma psicóloga clínica. Todos são profissionais da Misericórdia de Mogadouro.
O intuito é dar “a melhor resposta possível” aos utentes referenciados, proporcionando a reabilitação em casa, através de um serviço de “proximidade”, que vai “evitar internamentos sucessivos na psiquiatria” e “evitar idas ao ser - viço de urgência”. Este método de tratamento também permitirá dar “alguma autonomia” aos doentes, uma vez que podem continuar com a sua rotina diária, como ir às compras.
Luís Rodrigues considera que as respostas na área da saúde mental são “diminutas”, po - dendo “faltar algumas de apoio domiciliário, mas também de internamento”, uma vez que no distrito de Bragança há apenas uma psiquiatria, situada no hospital de Bragança, que fica a quase 90 quilómetros de distância. Por isso, não tem dúvidas de que esta unidade será “muito útil”.
O provedor da Misericórdia de Mogadouro, João Henriques, assegura que será um “sucesso” para o concelho, com o “apoio e a retaguarda” da ULSN.
Em Portugal há apenas 14 unidades de apoio domiciliário para doentes mentais, à qual se junta agora a de Mogadouro. No distrito de Bragança é a segunda, visto que, há cerca de um ano, a Misericórdia de Mirandela também começou a disponibilizar este serviço.
A Misericórdia de Mogadouro tem também uma equipa de apoio domiciliário para pessoas com demência, auxiliando quase 300 utentes. Face a esta grande adesão, o provedor acredita que também haverá “um grande volume de utentes a precisar de ajuda”.
Voz das Misericórdias, Ângela Pais