Esta iniciativa, que é apoiada tanto pela Câmara Municipal como pela Junta de Freguesia de Monforte, teve este ano como pretexto assinalar o Dia da Família, tendo reunido os idosos com os seus familiares num almoço-convívio no qual puderam voltar a partilhar momentos de afeto ao sabor da sopa de grão e dos salgados e houve ainda quem adoçasse a boca com as sobremesas.
E porque ainda é necessário manter alguns cuidados para proteger os mais vulneráveis, o local escolhido para a realização do evento foi o jardim de entrada do edifício da Santa Casa, o que permitiu que todos pudessem desfrutar do bom tempo primaveril deste mês de maio.
De acordo com o vice-provedor da Santa Casa da Misericórdia de Monforte, “ao promover esta iniciativa pretendemos aproximar a comunidade da Santa Casa e dar a conhecer à população outro tipo de atividades que aqui desenvolvemos”, realça João Ventura, referindo que é “também uma ajuda monetária”, uma vez que toda a verba angariada reverte para a instituição.
Convicto de que esses eventos são importantes para os utentes da Misericórdia, porque “lhes permite ter uma dinâmica diferente, junto dos que lhes são mais queridos, ou até rever algumas pessoas”, João Ventura denota que “este ano essa componente de convívio é ainda mais relevante, devido ao grande período de confinamento que vivemos nos últimos dois anos”, pelo que a alegria dos idosos e dos seus familiares era bem visível nos rostos de todos os que participaram na iniciativa.
O vice-provedor sublinha ainda a forma como a população monfortense adere a este tipo de iniciativas, o que faz com que o “Há Sopa na Misericórdia” seja “sempre um sucesso”. “Estamos muito satisfeitos por ver que a comunidade voltou a acarinhar este evento com a sua presença”, diz o responsável ao VM.
Recorde-se que a Santa Casa da Misericórdia de Monforte apoia cerca de 80 pessoas por dia, contando para o efeito com um conjunto de meia centena de trabalhadores. A instituição está entre as mais antigas do país, tendo sido criada em 1518. Além do apoio a idosos, através de lar e apoio domiciliário, a instituição também é detentora de uma creche.
Voz das Misericórdias, Patrícia Leitão