Foi a 4 de maio que 90 pessoas participaram no segundo encontro de colaboradores e órgãos sociais da Santa Casa da Misericórdia de Póvoa de Lanhoso. Comunhão com a natureza num ambiente de descontração e camaradagem marcaram esta ação que visa reforçar o espírito de equipa.
Em 2018 surgiu, por parte do departamento de recursos humanos, a ideia de todos os anos realizar uma atividade que permitisse, fora do contexto laboral, a partilha de experiências e o convívio entre órgãos sociais, colaboradores e fornecedores. Escolhendo lugares que proporcionassem a descontração, o objetivo da ação é romper com a rotina laboral.
Desta vez, o local escolhido foi o concelho de Arcos de Valdevez, detentor de uma das aldeias mais pitorescas do Norte de Portugal, a aldeia de Sistelo. Conhecida como Pequeno Tibete Português, as encostas em socalcos naturais desta aldeia têm uma beleza ímpar.
O passeio começou às 10 horas da manhã. A Tasquinha da «Ti’ Mélia» recebeu a Santa Casa de Póvoa de Lanhoso de portas abertas e malga de vinho em mão, como manda a tradição. É que o percurso de quase 10 quilómetros de caminhada pelos Passadiços do Sistelo tem de ser iniciado com um bom reforço que garanta a energia. Presunto, broa e vinho foram, por isso, o trio de arranque perfeito para os mais corajosos.
Os mais de 90 participantes partiram à aventura, bem-dispostos e animados. “À semelhança do ano passado, a adesão foi muito boa. No ano passado percorremos os Passadiço do Paiva, este ano viemos até Arcos de Valdevez, por sugestão dos colaboradores, e está a ser um percurso muito agradável e lindíssimo”, refere Eduarda Oliveira, assessora da Mesa Administrativa e uma das organizadoras do encontro.
Para o provedor, Humberto Carneiro, “faz cada vez mais sentido fazermos este tipo de atividades. O convívio é necessário e os nossos funcionários, merecem. Estou a gostar muito, é um passeio muito agradável e de paisagens lindas”.
Todos os participantes que percorreram os de passadiços fizeram-no munidos não só de alegria e entusiasmo, mas também cada um deles trazia, às costas, uma mochila perfeitamente identificada com o nome da instituição e, lá dentro, uma espécie de ‘caixa de surpresas’, onde se podia encontrar desde raspadinhas, algumas delas com prémios, um lanche para aconchegar o estômago durante o percurso e também cremes para proteger a pele do sol que fez questão de estar presente durante todo o percurso. Tudo oferecido pela Misericórdia.
Os 10 quilómetros de caminhada foram percorridos entre gargalhadas, conversas e sempre a admirar a bela paisagem que envolve o percurso. Ao acaso, iam-se ouvindo comentários “o passeio do ano passado foi bonito, mas este está a ser muito mais”; “ir a pé e admirar tão perto o Rio Vez, tão puro e cristalino, é sem dúvida, um privilégio”; “não estou habituada a andar, mas isto faz muito bem!” E assim transcorreram as duas horas de percurso.
Meta alcançada, foi hora de descansar e descomprimir os músculos para, depois, seguirem rumo ao Monte da Senhora do Castelo para desfrutarem de um piquenique, também oferecido pela Misericórdia e que, depois de tanto andar, era bem merecido.
Durante a refeição o convívio proporcionou-se muito mais íntimo e próximo. Mantas espalhadas pela relva e mesas cheias de petiscos, pão e bebidas, convidavam a passar um resto de tarde agradável e em total descontração.
Conversas, abraços, sorrisos, e boa comida, foram o cenário perfeito para uma tarde de sábado que não podia ter culminado de melhor forma. “Agradecemos muito às nossas colaboradoras da cozinha que hoje acordaram muito cedo para poder confecionar toda esta comida que agora estamos a desfrutar, e que infelizmente não nos puderam acompanhar porque estão a trabalhar”, ressalva, Eduarda Oliveira.
Todas estas atividades constituem um plano de ação que visa uma melhor gestão dos recursos humanos. “É importante que os nossos funcionários e colaboradores consigam desenvolver o sentimento de pertença, que consigam vestir a camisola da instituição e se sintam enraizados. Estas atividades extralaborais têm permitido isso mesmo. Há convívio, partilha, troca de experiências e assim consegue-se interiorizar o sentimento de pertença para com a instituição e, sem dúvida, os resultados a nível laboral começam a ser muito mais satisfatórios”, garante a assessora.
A avaliar pelo grau de satisfação dos participantes, os encontros de funcionários, colaboradores e órgãos sociais são para repetir. Um inquérito de satisfação revelou que 100% das pessoas gostou da experiência, havendo também interesse em repetir a ação. Esses dados, associados aos contributos de outras equipas da Santa Casa (cozinheiras que prepararam as refeições e equipa da farmácia pelas amostras de creme protetor e barrinhas), mostram que vale a pena sair do contexto laboral para reforçar o espírito de equipa. Voz das Misericórdias, Vanessa Reitor