‘À boleia do pensamento’ é uma coletânea de crónicas, escritas em forma de carta, que o provedor da Misericórdia de Seia publicou semanalmente, durante mais de um ano, na rádio local de Seia.

São cartas que “não têm um destinatário, mas têm um destino”, um total de 60, que o autor escreveu ao rei, à mãe, aos políticos, aos líderes religiosos, uma carta ao tempo, outra à inteligência e até uma carta a Judas traidor. “São cartas dirigidas a determinadas circunstâncias da vida, onde ia deixando sempre uma perspetiva positiva, humana, sobre a realidade, é um regresso aos valores que moldaram a minha vida e que podem incentivar outros leitores”, refere Paulo Caetano.

Terá o provedor escrito alguma carta à Misericórdia? A pergunta do VM “é uma boa dica”, mas a Misericórdia “vivo-a, é o presente e mais importante do que o que possa dizer ou escrever é o que posso fazer. Estou no segundo mandato e tem sido desafiante, a realidade hoje é completamente diferente ao nível dos trabalhadores, das suas vivências, como também dos próprios utentes, as pessoas precisam de mais afetos, de mais carinho, mais atenção, as coisas mudaram muito desde a pandemia”.

É um tema, quem sabe no futuro, para vir aumentar a sua coletânea de publicações. ‘À boleia do pensamento’ é o seu sexto livro. Dois foram feitos em parceria: ‘Estrela, uma montanha de emoções’ e ‘Com Maria Corações que falam’, publicados em 2016 e 2017, respetivamente. Outros quatro escreveu sozinho: ‘O desassossego do pensamento’, também de reflexões, em 2013, ‘Filhos da dúvida’, um romance de 2014, ‘Seia também sou eu’, sobre a sua passagem pela política, em 2019, e agora ‘À boleia do pensamento’, lançado no passado dia 29 de março, na Casa Municipal da Cultura de Seia.

A nova edição é, sobretudo, um olhar positivo sobre a vida. “Não podemos fugir às adversidades, mas podemos contorná-las”, concluiu.

Voz das Misericórdias, Paula Brito Batista