Na abertura do evento, o provedor Gonçalo Patrocínio congratulou-se pela adesão ao concerto e “enorme sucesso” do ciclo de órgão, nos últimos anos, sendo prova disso a “igreja cheia numa tarde de intempérie”. Em nome da Santa Casa de Torres Vedras, reconheceu ainda a importância da parceria com a Câmara Municipal e o papel decisivo de Daniel Oliveira, “grande artífice e autor de todo este ciclo”.
Tomando a palavra, o organista e diretor artístico do ciclo explicou que o “programa foi dedicado à música mariana e às Misericórdias portuguesas, pela forte relação que existe entre as duas realidades”, destacando, ao longo das sessões, o “papel da mulher na música e na sociedade, através de compositoras e intérpretes femininas, mas também dos mais jovens”.
O órgão histórico da Misericórdia de Torres Vedras (1773) foi um dos protagonistas deste momento musical, a cargo da organista Esther Ciudad Caudevilla e do Coro Feminino Stella Splendens, num convite à “meditação e contemplação, onde o património se aliou à arte”.
Dirigindo-se à plateia, a vice-presidente da Câmara Municipal, Ana Umbelino, agradeceu “a generosa participação” de todos os presentes e considerou “verdadeiramente exemplar a forma como a Santa Casa cuida e favorece a fruição pública do património cultural de que é testamentária, reconhecendo o seu valor histórico e simbólico para a comunidade”.
Além dos três grandes concertos (a 26 janeiro, 16 fevereiro e 9 de março), o ciclo inclui na sua programação um workshop de órgão (15 de fevereiro) uma visita guiada à igreja (22 de fevereiro) e os “concertos à la carte”, nas terças- -feiras à hora de almoço (março e abril).
Voz das Misericórdias, Ana Cargaleiro de Freitas