Para o efeito, foram realizadas 40 entrevistas a pessoas, sobretudo a idosos, do concelho. A equipa responsável, na nota introdutória, destaca que as entrevistas foram “efetuadas de uma forma informal, para que as pessoas se sentissem envolvidas no objetivo de eternizar as suas histórias”, sendo que muitas tiveram de ser feitas em contexto Covid-19. A circunstância fez com que as entrevistas fossem “especialmente benéficas” porque “ajudaram a colmatar a solidão que muitos idosos sentiram na pandemia”. As recolhas foram realizadas pelas técnicas Sara Rosa e Verónica Matias e no livro estão registos fotográficos dessas entrevistas.
Além da partilha e preservação da memória, o ‘Raízes de Vagos’ também tinha entre os seus objetivos a aproximação de diferentes gerações. Por isso, além das entrevistas, o livro traz um conjunto de ilustrações, executadas por jovens estudantes do curso de Artes da Escola Secundária de Vagos, que “foram desafiados a ilustrar 11 entrevistados e a conhecer as suas histórias, tendo tido a oportunidade de visitar essas pessoas e lugares icónicos do concelho de Vagos”, lê-se na nota introdutória.
O resultado deste trabalho está agora disponível para consulta em diversos locais, como IPSS, associações, juntas de freguesia, espaços da Câmara Municipal de Vagos e escolas do concelho.
A obra, conclui a nota introdutória do ‘Raízes de Vagos’, é também “uma homenagem póstuma a alguns dos nossos entrevistados, que já não terão a oportunidade de ver a sua história de vida e as suas memórias recontadas” nas páginas desta edição da Santa Casa da Misericórdia de Vagos.