Os aromas primários intensos e elegantes, com as notas de fruta preta madura, frutos silvestres e nuances florais de violeta e esteva valeram a medalha de prata ao vinho Valpaço-lo-Velho DOC Trás-os-Montes Tinto 2022, da Santa Casa da Misericórdia de Valpaços.

A instituição, que já tem vindo a receber várias distinções pelos vinhos que produz, recebeu mais uma, desta vez do Concurso Portugal Wine Trophy 2024.

Mais de 1200 vinhos participaram nesta décima edição, avaliados por mais de 80 jurados, que consideraram de forma “unânime” a “excelente” qualidade do vinho Valpaço-lo-Velho DOC Trás-os-Montes Tinto 2022, que “supera todas as expectativas”.

“É um vinho novo, que não teve estágio em barricas de carvalho. Pela qualidade das castas e pelo ano excecional que foi 2022, resolvemos participar no concurso”, explicou o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Valpaços.

Segundo Altamiro Claro, participar no concurso permite dar a conhecer às pessoas a “qualidade” dos vinhos que produzem, mas também é uma forma de “qualificar” a instituição.

A Misericórdia de Valpaços tem cerca de quatro hectares de vinha, que se situam em Fornos do Pinhal e Valverde, no concelho de Valpaços. Por ano, produzem 20 mil litros de tinto e branco.

“Em cada ano, a nossa enóloga faz uma seleção dos vinhos que considera que podem ser de reserva, grande reserva ou DOC. Não é pelo valor, porque o vinho que produzimos não tem grande significado no nosso orçamento, mas para darmos um traço distinto em relação a outras Misericórdias”, referiu o provedor.

O vinho pode ser comprado na instituição, mas também é vendido para vários pontos do país, como Lisboa e Porto, ou pode ser mesmo apreciado em restaurantes, como o G Pousada, em Bragança, um estabelecimento com estrela Michelin.

Há mais de 20 anos que a Santa Casa da Misericórdia de Valpaços se dedica à viticultura. Inicialmente começou por produzir vinho “corrente”, que é colocado em “boxes” e distribuído por outras Misericórdias, mas há cerca de meia dúzia de anos a instituição decidiu também apostar em vinhos de “qualidade”.

 

Voz das Misericórdias, Ângela Pais