Apresentado oficialmente a 18 de maio, o “Somos um só” começou a funcionar em plena pandemia, a 23 de março. “Tivemos de nos adaptar às circunstâncias e acabámos por iniciar o projeto num contexto diferente daquele que estava previsto, mas como nós temos o eixo IV, que diz respeito ao auxílio e intervenção emergencial às populações inseridas em territórios afetados por calamidades, fez-nos todo o sentido intervir logo e começar por aí”, explica a coordenadora técnica Joana Souto.
Ao longo dos últimos meses, o “Somos um só” tem estado a auxiliar o agrupamento de escolas “com apoio direto em casa dos miúdos, em que ajudamos no acesso às plataformas, na organização e metodologia do estudo e entrega de fichas e trabalhos de casa, por exemplo”. Em relação à população idosa, que vive em maior isolamento, a equipa do CLDS-4G vai a casa dos beneficiários do projeto fazer “chamadas ou videochamadas para os familiares que estão longe”, referiu Joana Souto.
Para além disso, contou Joana Souto, o “Somos um só” está também a apoiar o projeto da autarquia local “Não saia de casa, nós vamos lá” que ajuda os seniores com mais dificuldades de deslocação a adquirir bens de primeira necessidade.
O CLDS-4G, que pela primeira vez se executa em Vila Nova de Poiares, vai ainda desenvolver o seu trabalho em torno de mais dois eixos de intervenção: intervenção familiar e parental como forma de prevenir a pobreza infantil e promoção do envelhecimento ativo e apoio a idosos.
Aconselhamento em situações de crise, mediação de conflitos e promoção de estilos de vida saudáveis são exemplos de áreas a desenvolver durante o projeto.
Para o provedor da Misericórdia de Vila Nova de Poiares, Manuel Lobo dos Santos, este projeto é “uma oportunidade de alargar a intervenção” da Santa Casa, sempre assente numa lógica de “trabalho em rede”.
Voz das Misericórdias, Sara Pires Alves