“A criação deste equipamento foi uma forma que a Misericórdia encontrou para acudir a certas situações de carência e de combater a exclusão social”, explicou ao VM a provedora Maria Adelina Pinto.
A funcionar de segunda a sexta-feira, a lavandaria social trabalha de forma totalmente gratuita, apoiando a população mais desfavorecida e vulnerável do concelho e ainda as associações sem fins lucrativos que ali estão sediadas.
“Nós atuamos mais em situações de verdadeira carência, em casos de pessoas que estão numa situação de degradação total, devido a doença mental ou não”. Por norma, estas são situações em “que toda a habitação precisa de manutenção e nós tratamos das roupas”, conta Maria Adelina Pinto, referindo ainda que esta ajuda é na maioria das vezes feita em parceria com o gabinete de apoio social da Câmara Municipal.
Para além deste apoio à comunidade, a lavandaria emprega seis pessoas, “duas delas portadoras de deficiência cognitiva, mas que trabalham aqui a tempo inteiro” conta a provedora.
Segundo Maria Adelina Pinto, este trabalho é uma forma de “quebrar ciclos e de restaurar a dignidade das pessoas apoiadas”.
Outra das preocupações da lavandaria prende-se com questões ambientais. “Estamos a testar “detergentes menos agressivos e novos métodos de automatização para evitar o desperdício e diminuirmos o consumo de energia e água”, referiu.
Para a provedora este “continua a ser um projeto muito acarinhado pela atual mesa administrativa” e vai “continuar a funcionar”, estando, no entanto, a ser “estudada a possibilidade de profissionalizar mais a lavandaria de modo a que possa ser aberta a toda a comunidade e, dessa forma, contribuir para a sustentabilidade da instituição”. Voz das Misericórdias, Sara Pires Alves