Ao VM, o provedor da Misericórdia de Estremoz, Miguel Raimundo, disse que este protocolo “é uma mais valia” para a instituição que dirige, acima de tudo pela conservação e tratamento técnico especializado que os documentos vão receber. “Caso não fosse celebrado corríamos o sério risco de perder património documental”, disse.
Júlio Vilela, que dirige a congénere de Montemor-o-Novo, partilha da mesma opinião, considerando ainda “a digitalização e a divulgação” como fatores importantes a ter em conta neste protocolo uma vez que com isso vai ser possível “dar nova vida ao arquivo”.
O provedor de Montemor-o-Novo referiu ainda que, com a assinatura deste protocolo, o arquivo vai poder ser consultado, o que até aqui não acontecia. “Primeiro porque não temos um técnico qualificado que faculte informação e que ajude na pesquisa, depois porque não temos condições para que a mesma seja feita em segurança, com os devidos cuidados de manuseamento dos documentos”, afirmou o responsável.
Os dois provedores evidenciaram ainda a “poupança” que as Misericórdias vão ter, “quer de recursos, quer financeira”, no tratamento dos respetivos arquivos e também as sinergias que se criam para o bem comum.
Para o provedor da Misericórdia de Estremoz o “arquivo histórico da Santa Casa é imprescindível, tanto para a Misericórdia como para Estremoz” fazendo por isso “todo o sentido estarem juntos, pois juntos formam a história e contribuem para a memória coletiva desta comunidade”. Júlio Vilela, corrobora com esta opinião ao dizer “que os arquivos acabam por se complementar”.
Em ambos os casos, as Misericórdias continuam a ser as proprietárias dos arquivos históricos.
Voz das Misericórdias, Sara Pires Alves