Segundo José Augusto Silveira, vogal do Secretariado Nacional da UMP responsável pela área do património cultural, a retoma deste programa, ao abrigo da parceria entre a UMP e Santa Casa de Lisboa, é determinante para conhecer e valorizar o património das Misericórdias. “A base de toda a segurança do espólio das Misericórdias é o seu inventário. Sem saber devidamente os bens que possuímos e conhecermos o seu valor artístico e simbólico, não teremos condições de os preservar, restaurar e divulgar convenientemente”.
Numa primeira fase, está previsto identificar, fotografar e marcar todas as peças, no terreno, seguindo-se o processo de tratamento de imagem, estudo e registo na plataforma informática (software Matriz), em estreita articulação com as Misericórdias envolvidas.
Uma vez que a realidade patrimonial é diversa, em tipologia e quantidade de peças, o responsável da UMP acredita que poderão “vir a inventariar mais algumas Misericórdias”, além das 30 previstas, no decurso do projeto.
Depois de concluída esta intervenção, que vai permitir ter um total de 120 Misericórdias inventariadas, o Gabinete de Património Cultural da UMP pretende dar seguimento ao projeto convocando Misericórdias com “outro tipo de inventário realizado, a migrar esses dados para a base conjunta da UMP, o que reforçará o universo do inventário do património móvel”.
Desta forma, será possível garantir a valorização e divulgação de um património que “representa no território nacional uma importante e excecional realidade patrimonial, artística e cultural”. Para José Augusto Silveira, “interessa, portanto, inventariar, preservar e valorizar esse património que nos legaram e que deve ser transmitido às gerações futuras”.
Voz das Misericórdias, Ana Cargaleiro de Freitas