Ao VM Manuel Martins, provedor, contou como surgiu esta ideia. “Queríamos contar a história da Misericórdia de Soure, mas faltavam peças neste puzzle. Por isso decidimos lançar esta campanha de recolha de imagens antigas que retratam a vila de Soure, a irmandade, as suas atividades, gentes e ofícios.”
Com esta recolha a Misericórdia quer escrever mais um capítulo da sua já longa história ao criar um acervo que conte a história dos 500 anos da irmandade e da sua importância e ligação a Soure e à região. Esta iniciativa vai ainda, segundo o provedor, permitir à Misericórdia “honrar a memória dos provedores e beneméritos que passaram por esta irmandade”.
Além disso, continuou, “quisemos envolver a comunidade nestas celebrações e na vida da Misericórdia. Queremos recuperar o conceito de irmandade que havia antigamente. A comunidade não nos pode ver apenas como prestação de serviços”.
A história da Misericórdia ficará assim “escrita através de imagens” e vai poder ser vista no centro de memória, como contou Manuel Martins. “Os 500 anos coincidiram com o terminar da reabilitação de um espaço para o qual vamos transferir alguns serviços e ocorreu-nos criar nesse local um espaço chamado centro de memória, onde vamos colocar todo o acervo da Misericórdia. A ideia é termos ali livros e objetos que nos transportem para o que é e foi a Santa Casa. O espaço vai ser acessível a visitas em dia úteis.”
A inauguração deste espaço vai acontecer a 3 de maio, que foi escolhido como o dia maior das comemorações dos 500 anos da Misericórdia de Soure, que se vão estender ao longo de todo o ano. Do programa consta “a realização de uma conferência sobre o setor social, várias atividades culturais e a apresentação, no final do ano, de um livro que vai contar a história do antigo hospital da Misericórdia”, contou o provedor da Misericórdia.
Voz das Misericórdias, Sara Pires Alves